Reunião define que professores continuam acampados

Coordenação do sindicato também pretende realizar novos protestos
Felipe de Oliveira, do R7 | 19/07/2011 às 17h01

Cerca de 200 profissionais de educação se reuniram na manhã desta terça-feira (19), na sede do Sindicato de Professores, no centro do Rio, para definir o futuro da greve que já dura 42 dias. O sindicato pretende organizar novas ações para aumentar o apoio ao movimento.
Para o coordenador do Sepe (Sindicato dos profissionais de educação do Estado do Rio), Alex Trentino, a reunião serviu para fazer novos planejamentos, mas a greve só irá acabar quando o governo atender as reivindicações dos manifestantes.

– A reunião de hoje teve cerca de 200 pessoas, e foi para discutir a continuidade do acampamento. Vai continuar e vamos aguardar a resposta do governo que foi prometida para o início de agosto. Até lá vamos continuar acampados. 

A intenção dos manifestantes é permanecer acampados até a próxima assembleia, que irá acontecer no dia 3 de agosto. Este prazo é por causa do recesso nas escolas estaduais em julho.
Segundo os coordenadores do Sepe, que pretender realizar novos protestos, o apoio da população será o diferencial para o sucesso da greve.
– Na reunião definimos novas formas de conseguir o apoio da população, vamos panfletar e fazer manifestações, na Central do Brasil, nas barcas e em todo centro do Rio de Janeiro. 

Exigência pelo fim da greve

A Secretaria de Estado de Educação informou que 542 professores entraram em greve. Isso representa cerca de 1% do total de docentes em sala de aula. A secretaria esclarece, ainda, que fez todos os esforços para atender às reivindicações dos grevistas.
Foi acertado que haveria a antecipação de mais uma parcela do programa Nova Escola, de 2012 para 2011, para os professores da rede. Já os funcionários técnico-administrativos receberiam todas as parcelas restantes do programa, além do descongelamento da carreira. Também ficou acertado que seria apresentado à Alerj um estudo sobre o reajuste salarial para a categoria. Este último item está condicionado ao fim imediato da greve.
Segundo o presidente da Alerj, o governo enviará para Câmara após o fim do recesso da casa, no dia 1º de agosto, a proposta que já havia sido anunciado pelo secretário de Educação. O governo antecipará para os professores mais uma parcela do programa Nova Escola, a de 2012 para 2011, e o descongelamento do salário dos funcionários técnico-administrativos.
Os professores pedem um reajuste salarial de 26%, a incorporação imediata da gratificação do Nova Escola, já que no projeto inicial os benefícios seriam incluídos aos poucos até o ano de 2015, e o descongelamento do plano de carreira dos funcionários administrativo.

Fonte: http://noticias.r7.com/rio-de-janeiro/noticias/reuniao-define-que-professores-continuam-acampados-20110719.html