“A greve continua Cabral a culpa é sua”

Nota do coletivo “Vamos à Luta” em apoio à greve da rede estadual de educação do Rio de Janeiro
Desde o dia 7 de junho professor@s e funcionári@s da rede estadual do Rio de Janeiro estão em greve. Como em diversos estados, a realidade da educação do Rio é bastante precária. No último ano, o estado ficou em penúlimo lugar na prova do Ideb – Índice de Desenvolvimento da Educação Básica.  

A greve tem como pautas centrais aumento de 26% (aumento da arrecadação do Estado), incorporação da gratificação do Nova Escola – que o governo parcelou até 2015, descongelamento do plano de carreira do funcionário administrativo.

Hoje o piso do salário do professor é de R$ 610,38, para o primeiro seguimento, R$ 735,00 para as demais séries e o piso do funcionário é de R$ 433,00.

Enquanto paga salário de fome aos trabalhadores, o governador Sérgio Cabral recebe mais de 17 mil reais por mês. Essa é a mesma política de arrocho que o governo da Dilma impõe nacionalmente aos trabalhadores, com o mísero aumento do salário mínimo, corte de verbas de 50 bilhões de reais, proposta de congelamento do salário do funcionalismo público por 10 anos.

Cabral diz que o Estado não tem dinheiro para reajustar o salário dos trabalhadores, mas concede milhões de reais em isenção fiscal às empresas de transportes como Barcas S.A, Metrô, Supervia que oferecem péssimos serviços à população e à empresas como a LLX Minas-Rio, do empresário Eike Batista, financiador da última campanha do governador. Além disso, as obras da Copa e Olímpiadas terão sigilo nas licitações para assegurar o derrame do dinheiro público.

O governo se mantém desde o início bastante intrasigente em relação à greve do SEPE e não apresenta nenhuma proposta satisfatória. No último dia 12, os professores e funcionários da rede estadual ocuparam a Secretaria de Educação (Seeduc) e permanecem acampados em frente à ela desde então. É necessário cobrir o acampamento de solidariedade.

Estamos ao lado dos trabalhadores em Educação do Estado do Rio de Janeiro e nacionalmente dos servidores das Universidades, que permanecem em greve há mais de 70 dias também reivindicando melhores salários. O coletivo Vamos à Luta considera fundamental a unidade das lutas para derrotar os governos e obter conquistas para os trabalhadores!

TODO APOIO À LUTA DOS EDUCADORES. TODOS AO ATO NACIONAL EM DEFESA DA EDUCAÇÃO NO DIA 30!!!