Mais uma obra em Brasília ficará marcada pela morte de quem nela trabalhou. Dessa vez na construção do Instituto da Criança e do Adolescente do Hospital Universitário. É o 11º operário que morre na cidade somente esse ano.

Os operários Lourival Leite, Raimundo José da Silva e Nelson Rodrigues da Silva perderam suas vidas soterrados enquanto trabalhavam na obra.

 Já era de conhecimento da administração da UnB e da construtora responsável os riscos da escavação no local, ou seja: Essas mortes só aconteceram por causa da negligência e do descaso com esses trabalhadores.

A construtora Anhanguera era diretamente responsável por garantir condições básicas de segurança aos trabalhadores e por outro lado a reitoria da UnB deveria se responsabilizar pela fiscalização das condições de trabalho na obra. Porém, a construtora alegou que nada sabia sobre os riscos de desabamento e por outro lado, o próprio vice-reitor da Universidade João Batista alegou que desconhecia as reivindicações feitas pelos trabalhadores por melhores condições de trabalho. Ambos mostraram o descaso com que tratavam os operários.

É lamentável que 50 anos após a construção de Brasília, onde tantos operários pagaram com a vida para construir um sonho para poucos, trabalhadores ainda morram pelo descaso e irresponsabilidade das empreiteiras e órgãos competentes.

Em tempos de grandes obras da copa o governo enriquece empreiteiras e secundariza condições básicas de trabalho.

O coletivo Vamos à luta é solidário as famílias das vítimas e desde já exige que a empresa e a reitoria da universidade sejam responsabilizadas pela mortes dos operários.

• Não ao retorno das obras até que sejam garantidas condições de segurança aos trabalhadores!
• Responsabilização da UnB e da Construtora Anhanguera
• Toda solidariedade aos familiares!