Chile: dirigente estudantil Joaquín Araneda: “funcionamos em assembleias com democracia direta”

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Entrevista realizada no dia 04/08 para o site La Clase

Por Federico Novofoti (El Socialista- Izquierda Socialista)
 “Funcionamos em assembleia com democracia direta”
Entrevistamos Joaquín Araneda, estudante secundarista, de Santiago, Colégio Andares, membro da Assembleia Coordenadora de Estudantes Secundaristas (ACES), que impulsiona a luta pela gratuidade e pela unidade operário estudantil, e militante da UIT-CI. Este nos diz:      
1. Que reivindica o movimento estudantil no Chile?
Os quatro pontos pelo qual os secundaristas se mobilizaram foi por 1) a tarifa escolar gratuita do transporte nos 365 dias do ano ao longo de todo o país. 2) Por uma educação estatal, laica, gratuita, de excelência, que assegure saúde e alimentação de qualidade para todo o sistema escolar. 3) Melhora nas escolas técnicas em sua infraestrutura e alimentação, práticas de trabalho remunerada e direito a sindicalização. 4) Frear a privatização encoberta dos colégios afetados pelo terremoto de fevereiro de 2010.
2) O que é a ACES? Como se organiza e qual é seu papel neste conflito?
A Assembleia Coordenadora de Estudantes Secundaristas (ACES) é uma coordenação que reagrupa estudantes secundaristas que funciona a base de uma assembleia com democracia direta, onde seus porta-vozes são obrigados e estão a disposição das resoluções que se decidem nas assembleias, como qualquer proposta.
A ACES toma uma postura que nasce desde as bases de cada colégio aglutinado na assembleia e por isso que mantém um papel de denuncia as direções de maior peso no movimento (CONFECH, Colégio de Professores), fortalecendo uma luta junto aos trabalhadores e outros setores da sociedade, levantando a renacionalização do cobre como resposta para subsidiar a educação e outras necessidades básicas.
3) Como você vive a repressão?
Frente as grandes mobilizações contra o atual sistema de educação, a política do governo é reprimir e criminalizar. A grande implantação de forças especiais, polícia montada, caminhões de hidrantes, bombas de gás lacrimogênio. A criminalização das manifestações por parte do governo se manifesta em farsas e perseguições, como por exemplo, o caso de Recaredo Galvez da Federação da U. de Conce, acusando de lançar uma bomba molotov a uma polícial sendo brutalmente golpeado, assim como Recaredo muitos estudantes detidos são agredidos dentro dos ônibus policiais.
A resposta do governo agora é propor um “acordo social”, onde a CONFECH, Colégio de Professores, CONES, aceitaram e deram sua proposta a esse acordo. A ACES entrou na mesa de diálogo, rechaçando o acordo, dado quarta-feira a resposta do governo ao “acordo base” que foi proposto.
3) Que resposta receberam do governo e como continua a luta?

Agora se mantém as mobilizações a espera da resposta do governo frente as demandas dos estudantes. Na quinta, 04/08 se convoca uma paralisação pela educação, onde a ACES se soma.