Deputado Jair Bolsonaro tem que sair escoltado da UFF

Protagonista das piores frases e atitudes machistas, homofóbicas e racistas, o Deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), foi convidado por um núcleo de pesquisa da Faculdade de Direito da UFF, para uma palestra.

A tal palestra consistia num compêndio de vídeos e falas de ataque à diversidade sexual. Era óbvio que os ânimos iriam se esquentar e gays, lésbicas e heterossexuais começaram a questionar. Em alguns momentos ele disse à um companheiro homossexual: “Tá nervosinha menina? Calma, calma!”. Em outro trecho ele disse: “Você está imaginando eu te pegando, né?”. Não acabou por aí. Uma menina fez uma fala comentando que há poucas semanas o estudante de Letras da UFF, Juninho Silaedson, foi alvo de agressão física de cunho homofóbico ao sair da Praça da Cantareira e Bolsonaro disse em resposta: “apanhou e vai apanhar de novo, mas desta vez no debate!”.
A revolta apenas aumentou. Foi muito emocionante ver um senhor de quase 80 anos, Heitor Porto, perguntar como o mesmo disse: “olhando olhos nos olhos com a lealdade que sempre tive”, sobre quem tem medo da Comissão da Verdade e sobre quando ele poderá perguntar aos seus torturadores o porquê de o terem torturado.
Nós, do Vamos à Luta, apesar de termos ficado tristes porque alguns estudantes aplaudiram e apoiaram algumas falas do Bolsonaro, estamos muito orgulhosos e felizes de termos feito parte da grande maioria dos estudantes que repudiou tudo o que está personificado na caricatura sem graça que é o Deputado Bolsonaro.
Com palavras de ordem, politizadas e irreverentes e beijaço gay, mostramos a Bolsonaro que com o movimento estudantil não se pode brincar. O mesmo só pôde sair da Universidade dentro do Camburão da PM.
Há limites para o tal “respeito democrático”. Se o mesmo incita a violência, não respeita a Constituição e os Direitos Humanos, fere as pessoas e à dignidade humana, é avesso à diversidade, o movimento organizado e em maioria tem muita legitimidade democrática para hostilizar a ação deste deputado. Não há mais possibilidade de diálogo com este senhor.
O combate à homofobia e à todas outras formas de opressões na sociedade capitalista é algo diário e cotidiano. O debate e suas contradições demonstraram que ainda temos muita coisa para fazer.
Vamos à Luta combater as opressões! 

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