Desde o dia 25/10 está ocorrendo na cidade de Altamira-PA o seminário internacional contra a implantação da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. O evento conta com a participação de centenas de pessoas pertencentes a delegações de diversas tribos indígenas, movimento de pescadores, sindicatos locais, setores da igreja católica, centrais sindicais e movimento estudantil.
A Associação de Sindicatos Unidos Pra Lutar e a Juventude Vamos à Luta enviaram um ônibus de ativistas para a atividade, que conta com servidores públicos federais, rodoviários e estudantes da UFPA, UNAMA e UEPA.
No primeiro dia de programação foi praticamente consenso, nas intervenções dos participantes, que se esgotou a paciência do movimento com o governo. O discurso da índia Juma Xipaia foi emblemático: “Já não dá mais para o movimento ficar apenas enviando carta ao governo. É preciso pensar novos métodos de luta”.
Neide Solimões, da Unidos Pra Lutar, que esteve na semana passada na Bolívia participando da marcha dos povos indígenas contra a implantação de uma estrada nos TIPNIS (Território Indígena e Parque Nacional Isiboro Sécure) também afirmou: “Temos que seguir o exemplo dos indígenas bolivianos, pois foi só a partir do enfrentamento direto com o governo é que se derrotou o projeto de Evo que segue a mesma lógica de desenvolvimento do governo Dilma a serviço das empreiteiras e multinacionais”.
As atividades do seminário seguem nessa quinta-feira com a aprovação de uma jornada de lutas do movimento contra a instalação da UHBM.
Obs: Estamos com dificuldades para enviar fotos por conta da lentidãoe queda constante da internet. Assim que conseguirmos enviaremos para este blog.