Não esqueceremos dos 50 de Orlando | A luta contra a LGBTfobia é internacional

Por: Eziel Duarte
Na madrugada de hoje (12), no estado de Orlando-EUA ocorreu um massacre em uma boate frequentada pela comunidade LGBT, que matou 50 pessoas e deixou 53 feridas. Somos solidários as famílias das vítimas já que hoje dia do namorados os casais LGBTs não tem nada a comemorar frente aos fatos. Este é apenas mais um dos casos que evidência que a sociedade como está hoje é opressora e perigosa aos LGBTs. Vimos nas redes sociais diversos vídeos e relatos de pessoas tentando se salvar e mães desesperadas procurando seus filhos. Além da LGBTfobia ter sido escancarada aos olhos de quem diz que “isso não existe”, é preciso refletir sobre os direitos dos LGBTs, que ainda hoje são negados 75 países, onde inclusive existem leis que criminalizam a orientação “diferente do normal”.

No Brasil não é diferente. Moramos em um dos países onde mais se mata homossexuais, lésbicas, transsexuais e travestis. Vimos nas últimas semanas o caso do estupro coletivo levar milhares de mulheres às ruas, e infelizmente, muitas mulheres lésbicas e transsexuais são agredidas e estupradas como ” método corretivo”. Dados mostram que mais da metade dos casos de violência acontecem dentro de casa e/ou são cometidos por pessoas próximas (pai, irmão, tio, etc). A ONU orienta algumas políticas aos países para combater a LGBTfobia, e que não são efetivadas. Ano passado abriu-se a discussão e votação em vários municípios sobre a Educação de Gênero e Sexualidade entrar na grade curricular nas escolas para combater as opressões. As bancadas fundamentalistas e os partidos corruptos de várias câmaras municipais travaram ou votaram contra a implementação, alegando que “querem criar gays”. O mesmo discurso de ódio que levam milhares de LGBTs a serem assassinados brutalmente, e esses casos serem invisibilizados.

Os diversos partidos da conservadora politica brasileira estiveram juntos e inclusive rifaram os direitos das LGBTs. A ex-presidente Dilma (PT) vetou o kit antihomofobia a partir da pressão da bancada fundamentalista da câmara federal, para “preservar” o pacto de governabilidade. Antes do Impeachment, ainda tentou dar migalhas aos LGBTs pois percebeu que havia perdido grande parte de sua base social, mas quando teve a oportunidade de fazer algo efetivo, o PT deu as costas. Em 1 mês de governo Temer, vemos que ele continuará com o projeto PTista de governo, e nada fará para avançar nos direitos das LGBTs. A extinção dos Ministérios e acordos políticos da cúpula corrupta e conservadora estão a serviço de atacar e retirar nossos direitos. Não vamos esquecer dos 50 LGBTs assassinados por um crime LGBTfobico, pois diariamente somos invisibilidades pelos governos, políticos corruptos, grande mídia e patrões!

Lutamos diariamente por uma sociedade livre de opressões. As LGBTs, a juventude e os trabalhadores precisam se organizar e dizer: primeiramente FORA TEMER, segundamente NÃO VOLTA DILMA, terceiramente FORA TODOS OS INIMIGOS DOS/DAS LGBTs. ‪#‎NossaLutaÉInternacional‬


 

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