Repúdio ao ato racista e LGBTfóbico na UnB

Na noite da última sexta-feira (17), um grupo pequeno de extrema-direita invadiu o ICC (Instituto Central de Ciências) da UnB com discursos racistas e homofóbicos contra os estudantes da universidade. O grupo levou bombas de efeito moral e armas de choque para agredir os estudantes da universidade. O ato ocorreu dias após o brutal massacre na boate noturna “Pulse” em Orlando (EUA), frequentada por setores da comunidade LGBT. Ficou evidente que se trata de um ataque de cunho fascista e de ódio racista e homofóbico contra a comunidade LGBT e o povo negro e merece total repúdio por todas as organizações sociais e políticas.

Os autores dessa ação, independente de serem ou não pertencentes à grupos de extrema-direita, são parte daqueles que estão sendo questionados e varridos, à exemplo de Eduardo Cunha (PMDB) que está sendo cassado depois da primavera feminista ter sacudido o país no ano passado pelo Fora Cunha e organizando atos nacionalmente contra a cultura do estupro que levou milhares às ruas, lembrando momentos de Junho de 2013. Moramos em um país que mais se mata homossexuais, lésbicas, transsexuais e travestis. E isso é culpa dos governos que rifam as pautas das minorias em nome de uma suporta “governabilidade” como fez a ex-presidente Dilma (PT) que vetou o kit anti-homofobia após os partidos da bancada fundamentalista (ex-base aliada do PT) ter feito pressão contra o projeto. Sabemos que tanto o novo como o velho governo são responsáveis pela invisibilidade de casos como este e também da não existência de políticas efetivas de combate às opressões, pois essa nunca foi uma prioridade de nenhum governo brasileiro. Se hoje não se tem educação de gênero e sexualidade nas escolas é culpa dos governos e dos pactos entre corruptos e conservadores. Essa falta de políticas públicas efetivas de combate à violência contra mulheres e LGBTs é de responsabilidade dos governos. Esse absurdo que ocorreu na UnB é a demonstração do desespero desses setores fundamentalistas que estão vendo as mulheres e os setores oprimidos e explorados questionarem nas ruas, nas escolas, nas universidades, nos locais de trabalho, figuras como Eduardo Cunha (PMDB) que é rejeitado pela ampla maioria da população.

Não há espaço pro fascismo. Por isso devemos denunciar todos os governos, seja de Dilma ou Temer, pois foram responsáveis por rifar as pautas das minorias para atender os banqueiros, agronegócio e os grandes empresários, se aliando ao que tem de mais retrogrado e reacionário na política brasileira. É preciso seguir o exemplo dos estudantes da USP que estão protagonizando uma importante mobilização com ocupações na universidade contra o desmonte da educação promovida pelo governo tucano há décadas em SP. É preciso organizar uma greve geral na UnB contra o ajuste fiscal, PL 257, reforma da previdência, contra os cortes na educação iniciados por Dilma e seguida por Temer e combater os setores de extrema-direita dentro da universidade. Essa minoria homofóbica e racista que vem tentando ganhar espaço na UnB não deve ser tolerada, deve ser combatida com ação direta e mobilização permanente. Os governos são responsáveis, devemos denuncia-los e seguir nossa luta para colocar TODOS para FORA. As lutadoras e lutadores da UnB devem se organizar contra o Temer, rejeitar a volta de Dilma e chamar um FORA TODOS OS INIMIGOS DAS MINORIAS!


Corrente Socialista dos Trabalhadores – CST/PSOL – Distrito Federal

Juventude Vamos à Luta – Distrito Federal

COMBATE – Classista e Pela Base / DF

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