No último dia 08 de julho, a prefeitura de São Paulo publicou no diário oficial novas regras para o uso do passe-livre estudantil, que deverão valer a partir de 1 de agosto. O passe-livre é uma conquista das mobilizações dos estudantes e da juventude contra o aumento das tarifas, que ganharam força em junho de 2013, quando centenas de milhares de jovens às ruas de São Paulo. Se antes cada estudante poderia realizar oito viagens de ônibus por um período de 24 horas, agora Dória (PSDB) pretende reduzir para 4 viagens em dois períodos de duas horas. As cotas mensais do passe, que podem chegar a 48 no máximo, ainda podem ser reduzidas de acordo com a carga horária de cada curso. Dessa forma, o prefeito pretende fazer com os estudantes tenham direito apenas a ir e voltar das suas escolas e Universidades, restringindo o direito à cidade, à cultura e ao lazer, que também são parte da formação escolar e acadêmica.
Dória usa a desculpa que vai economizar 70 milhões de reais com essa medida. No entanto, isso representa apenas 2,3% do orçamento do município. Enquanto isso, a prefeitura gasta 100 milhões de reais com propaganda e não cobra a dívida de 34 bilhões de reais que cem empresas “superdevedoras” tem com a prefeitura. Os tributos das dívidas não cobradas chegam, no entanto, a 100 bilhões de reais, duas vezes o orçamento de São Paulo. Ou seja, essa medida de restrição do passe-livre apenas demonstra o caráter da prefeitura de João Dória, que pretende entregar toda a cidade à iniciativa privada. O que o prefeito faz é tirar dos estudantes pra seguir garantindo o lucro dos empresários de transportes, que com certeza devem ter apoiado a sua campanha. É importante frisar que, ainda que a política atual de passe-livre seja limitada e baseada no subsídio aos empresários de ônibus, não podemos aceitar esse ataque ao nosso direito.
Seguir nas ruas é o caminho para derrotar o Prefeito Playboy!
Desde o anúncio da medida, os estudantes têm se organizado e se mobilizado contra essa ataque da prefeitura de João Dória. Os secundaristas têm sido linha de frente nessa luta. Foram realizados dois importantes atos, que reuniram cerca de 1000 pessoas cada, e tem sido convocadas assembleias estudantis pra organizar a mobilização. É preciso seguir o exemplo da juventude que derrubou as tarifas em 2013 e que ocupou as escolas em 2015, organizar uma campanha massiva nas escolas e Universidades na volta às aulas no início de agosto e seguir nas ruas até a restrição ao passe-livre cair. Passe livre, FICA! Dória, SAI!
Juventude Vamos à Luta – São Paulo