A CRISE NAS UNIVERSIDADES PÚBLICAS

Quando apertou a crise econômica o que fizeram os governos? Cortaram das áreas sociais e a educação foi uma das mais prejudicadas. A PEC 55 foi a medida mais feroz desse ataque, que começamos a ver sua manifestação e que a tendência é que aumente o colapso nas instituições de ensino superior.

Recentemente a CBN divulgou matéria que apresenta que as universidades só terão dinheiro para pagar suas contas até setembro/2017, tudo fruto desta política econômica “O corte no orçamento para custeio das universidades foi de quase 7% este ano. Considerando a inflação do período, a verba é quase 13% menor. A estimativa é de que em 2017, o governo libere pouco mais de R$ 3 bilhões para as 63 instituições do país pagarem contas de água, de luz, salário de terceirizados, obras e bolsas de assistência estudantil.”. Com o orçamento estrangulado as universidades tem adotado um plano de demissão dos trabalhadores terceirizados, segurança e limpeza são os setores mais afetados nas universidades.

 

NO QUE ISSO TUDO IMPLICA?

A atividade fim das universidades que é o ensino é o principal prejudicado e a permanência, principalmente dos estudantes cotistas está em cheque. É do cotidiano nas universidades a falta de materiais de limpeza, atraso no pagamento de bolsas, falta de equipamento nos laboratórios e a segurança, na Universidade Federal do Para assaltos são recorrentes. A própria associação dos reitores ANDIFES reconhece e teme os efeitos da PEC 55.

 

AS UNIVERSIDADES CARIOCAS SÃO O ESPELHO DO CAOS

Juntas, as quatro universidades federais do Rio têm cerca de 93 mil alunos. Na maior delas, a UFRJ, 20% das bolsas de CNPq não foram renovadas em fevereiro. O ponto mais forte da crise é na Universidade do Estado do Rio, que dos R$ 1,1 bilhão previsto para o orçamento de 2017, a reitoria só recebeu R$ 218 milhões, e não tem perspectiva para pagar os salários.

Já na Rural (UFRRJ) no campus de Seropedica os alunos assistem aula em salas de aula na escola pública ao lado pela falta da estrutura, onde muitas vezes falta até energia.

A maior expressão dessa crise é a UERJ que suspendeu por tempo indeterminado o inicio das aulas do segundo semestre, os governadores, como Pezão (PMDB-RJ) aplicam os mesmos planos de Temer na esfera nacional, o RJ ainda conta com uma crise que deixa servidores sem salário.

 

 

ENFRETAR OS GOVERNOS E DEFENDER NOSSO FUTURO

Foi das universidades que veio o maior recado contra a “PEC do fim do mundo”, as ocupações e a massiva mobilização mostrou o caminho, mesmo com a aprovação da medida a juventude tem mostrado muita disposição, estamos nas ruas nas lutas com os trabalhadores e tivemos grande participação na GREVE GERAL de 28 de Abril e na Marcha a Brasília do dia 24 de Maio. O crucial é que enquanto tudo isso acontece a direção majoritária da UNE (UJS/PCdoB e LPJ/PT) está sendo parte de acordos para salvar o sistema político e apresentar Lula como uma saída eleitoral em 2018.

Defendemos a Construção de uma forte jornada de lutas nas universidades nesse segundo semestre começando por uma manifestação do dia 17/8 em todo o país, junto aos trabalhadores das IFES, luta que a Oposição de Esquerda da UNE deve tomar como central, para exigir verbas para educação e colocar Temer e suas reformas pra fora!