Dia 19/2: Ocupar as ruas contra Temer e o fim da aposentadoria

O governo ilegítimo de Michel Temer começa 2018 buscando uma maneira de votar a Reforma da Previdência, projeto que na prática dificulta muito o acesso à aposentadoria e vai fazer a classe trabalhadora brasileira trabalhar até morrer. Isso é algo prejudicial para todo o povo brasileiro, não apenas para as pessoas de idade avançada, mas inclusive nós jovens que ainda temos uma vida inteira de trabalho pela frente.
Os motivos que levam o governo a buscar a aprovação dessa medida nefasta, são os mesmos motivos que levam os governos a todo ano anunciarem cortes de investimentos na saúde e educação: tirar nosso dinheiro para pagar os banqueiros e grandes agiotas através do sistema da dívida pública. Se tira dos pobres para dar aos ricos, assim é o capitalismo.
A notícia boa é que o governo está com dificuldade para conseguir votar a Reforma da Previdência. Havia anunciado que ela seria votada no dia 19 de fevereiro, mas percebendo que não tem os votos necessários para conseguir aprová-la, adiou novamente a votação, buscando votá-la até o dia 28/2. Essa dificuldade toda se explica pela grande indignação que tem demonstrado a classe trabalhadora e a juventude brasileira contra Temer e suas medidas antipopulares.

Temer tem apenas 3% de aprovação, sendo provavelmente o mais odiado do mundo. Não é atoa que no ano passado, ao lado da classe trabalhadora, fizemos a maior greve geral que parou o Brasil em 28 de abril, sem falar nas várias outras manifestações durante o ano todo. Não fosse toda essa luta, provavelmente Temer e o Congresso corrupto já teriam conseguido aprovar a Reforma. O que nos impediu de avançarmos mais e conseguirmos derrubar Temer e em definitivo os ataques foi a grande traição das centrais sindicais majoritárias, como a CUT, CTB e Força Sindical, que preferiram negociar pelas nossas costas acordos com o governo e defender seus políticos corruptos.
Agora em 2018, como uma tentativa da cúpula das centrais de responder a indignação das suas bases de trabalhadores, marcaram a data do dia 19 de fevereiro (antiga data da votação da reforma), como um dia nacional de lutas contra a Reforma. Como sabemos o governo, apesar de adiar a votação, pretende botar pra votar até o fim desse mês, portanto é essencial utilizar essa data do dia 19/2 para nos mobilizarmos e realizarmos grandes atos que demonstrem nossa indignação nas ruas. Infelizmente vemos que as centrais sindicais majoritárias seguem fazendo corpo mole e não mobilizaram suas bases como deveriam, traindo assim a luta da classe trabalhadora. Da mesma forma, a UNE e a UBES traem a luta dos estudantes quando não fazem um chamado contundente para a construção desses dias de luta ao lado da classe trabalhadora. Por exemplo, se entrarmos no site da UNE veremos que não existe uma sequer menção às mobilizações do dia 19 de fevereiro na sua página inicial. Ao invés disso, preferem fazer mobilizações pela defesa do corrupto Lula, que quando governou nosso país atacou trabalhadores e estudantes. Essa é a política da direção majoritária da UNE/UBES, dirigida pela UJS/PCdoB, Kizomba/PT e Levante Popular da Juventude.

Dependemos apenas de nossa própria força: só a luta muda a vida!
Ao contrário dos burocratas da direção majoritária da UNE/UBES, nós da Juventude Vamos à Luta afirmamos que é papel da juventude e do movimento estudantil é estar ao lado da classe trabalhadora nessa luta contra a Reforma da Previdência de Temer. Convocamos a juventude estudante e trabalhadora que quer ter o direito de um dia se aposentar, a ocupar as ruas nesse dia 19 de fevereiro e batalhar pela construção de uma poderosa greve geral no dia 28/2. Parando a produção do país poderemos derrotar Temer e suas medidas, colocando na prisão todos os corruptos e propor um plano econômico alternativo, em que se pare de pagar a Dívida Pública e garanta emprego, salário e educação digna à juventude brasileira.