No período entre 13 e 17 de Julho vai ocorrer, em Goiânia, o Congresso da UNE, principal fórum deliberativo da entidade. Todas as instituições de ensino superior elegem seus delegados/as e assim será feito na UnB, em todos os campi. Fazemos parte da chapa 2 Vozes de Luta – Oposição na UNE.
As eleições para o CONUNE acontecem após mais de 100 dias do governo Dilma, que já anunciou um corte de 50 bilhões do orçamento sendo que mais de R$ 3 bilhões serão cortados da educação! Enquanto isso, mais de 40% do orçamento geral é destinado para pagar os juros da dívida pública. Mais de R$ 1 bilhão por dia é gasto com essa dívida, ou seja: 11 dias de pagamento da dívida são iguais ao orçamento anual das 58 universidades federais do país, R$ 11 bilhões. Não é a toa que nos deparamos todos os dias com uma Universidade extremamente sucateada em sua estrutura. Isso só acontece porque a educação não é tratada com prioridade para esse governo.
Infelizmente, o setor majoritário da UNE, representado nas chapas 1 e 3, prefere não criticar o corte de verbas, se transformando num braço do governo dentro do movimento estudantil e se distancia cada vez mais do dia-a-dia dos/as estudantes. Essa direção não está presente nas lutas pelas nossas reivindicações. Achapa 2 defende que a UNE seja uma entidade independente e autônoma para organizar a luta dos/as estudantes por uma educação de qualidade. Por isso, compomos o campo da Oposição de Esquerda na UNE, pois sabemos que para garantirmos mais verbas e 10% do PIB para educação é importante que todos/as que defendem o movimento estudantil combativo estejam unidos. A juventude na Espanha e as lutas no mundo árabe nos mostraram que é possível unificar nossas lutas por uma universidade pública, gratuita, democrática e de qualidade!
Assistência Estudantil não é Privilégio, é um Direito!
Sabemos o quanto é difícil passar pelo funil do vestibular e estudar em uma instituição de ensino federal. Para uma boa parte dos/as estudantes, as dificuldades não terminam aí: se manter na universidade também é um grande desafio, pois é preciso ter dinheiro para se alimentar, tirar Xerox, comprar livros, moradia, etc. Assim, a assistência estudantil se torna extremamente importante para manter condições básicas de permanência na Universidade. A expansão via Reuni não foi capaz de garantir que estudantes tivessem acesso à assistência, assim muitos dos cursos criados através deste projeto chegam a números absurdos de evasão.
Chega de descaso das reitorias e do governo com a assistência estudantil. Precisamos iniciar um debate sério na nossa universidade e também nacionalmente sobre uma política de assistência que de fato a entenda como um direito e não um privilégio.
Defendemos uma Expansão de Qualidade!
Hoje, sentimos no nosso cotidiano o que é o decreto do Reuni. Este é um projeto que veio com a bandeira de expandir o ensino público superior, mas que não é o que acontece. Além de não democratizar o ensino, o decreto não garante verbas para que a juventude possa ter de fato uma educação com qualidade. É recorrente vermos na nossa universidade disciplinas sem salas de aula, a falta de professores ou professores sobrecarregados, filas imensas no R.U, além de um descaso com a assistência estudantil tão necessária para os/as estudantes. Por isso, achamos necessário que a UNE encampe uma luta firme pela melhoria das condições de ensino na universidade e que tome uma postura firme contra o corte de verbas na educação.
Em Defesa do Caráter Público dos Hospitais Universitários!
A política dos sucessivos governos sucateia os H.U.s tão necessários para a população e para a formação acadêmica do conjunto da universidade. O HUB, por exemplo tem o seu pronto-socorro fechado há dois anos! Dentro desse contexto caótico, o governo Dilma encaminhou a MP 520 que segue toda uma lógica privatizante da saúde e da educação brasileira. A MP, também fere a autonomia universitária, passando a gestão dos H.U.s para fundações privadas. A UNE deve lutar contra essa medida do governo, em defesa dos H.U.s!
Não à Homofobia!
A UNE deve cumprir o papel de desconstruir práticas pautadas na opressão à diversidade como o racismo, o sexismo e a homofobia tão presentes na nossa sociedade e que se refletem também no meio acadêmico. Para tal, defendemos que a entidade encampe uma séria luta pela aprovação do PL 122 (criminalização da homofobia) que é fruto de uma longa batalha dos movimentos LGBTs. A UNE também precisa de independência política para criticar a postura da presidenta Dilma de vetar o kit anti-homofobia das escolas. Para o governo, abafar a corrupção (caso do enriquecimento de Palocci) é mais importante do que garantir os direitos de liberdade de expressão da sexualidade.
Venha fazer parte do CONUNE com a gente!
Os períodos congressuais da UNE são de extrema importância, pois temos a oportunidade de debater questões centrais nacionalmente que afetam nossa vida universitária. A defesa da Chapa 2 é de que a UNE retome sua história de luta e que tenha independência política para levantar as reivindicações necessárias para o conjunto dos estudantes. Por isso, fazemos o convite para as/os estudantes da Universidade de Brasília a participarem do processo e a votarem na Chapa 2 “Vozes de Luta: Oposição na UNE!”
Defendemos:
10% do PIB para a educação! Não ao Corte de verbas na Educação!
Um HUB público! Não à Privatização! Em Defesa da Autonomia Universitária!
Expansão com qualidade: Expansão do RU, Ampliação do acervo bibliográfico, contratação de professores, reforma dos espaços físicos, construção de prédios para as Faculdades e etc.
Não aceitamos corrupção! A UNE deve se posicionar claramente sobre o enriquecimento relâmpago de Palocci!
Participe do processo!
Twitter: @vozesdeluta
Blog: vozesdeluta.tumblr.com
Facebook: Vozes Chapa Dois
Rafael Senda (SER)
Danyelle Carvalho (Florestal)
Zeca Medrado (SER)
Delfino (LET)
Jaísa Alves (SER V
Lucas Barbosa (LET)
Johnatan Reis (COM)
Tatiane da Costa (SER)
Joabe Leite (FCE)
Camila Aquino (LET)
Júlio Lisboa (SER)
Maisa Dantas (Sociais)
Lucas Ramos (SER)
Leonardo Augusto (LET)
Apoiadores: Fernanda Araújo (SER), Robson (FEF), Erich (FEF), Pedro Athayde (FEF/SER, Isabela Aysha (LET))