
Em Barcelona, milhares de pessoas saíram às ruas sob gritos de “privatização não”. Aulas foram suspensas nas universidades Pompeu Fabra (UPF), Autônoma de Barcelona (UAB), Politécnica (UPC) e Universidade de Barcelona (UB). Também houve paralisações nas cidades de Madri, Lleida e Tarragona.
A estudante Laura Pascual comentam a sua preocupação: “uma das propostas do governo que deve ganhar as próximas eleições (Partido Popular ‘PP’) é que a educação seja privatizada, então teríamos que pagar. Estamos apoiando o protesto, porque nem todas as pessoas podem pagar os estudos, devido ao alto índice de desemprego gerado pela crise na Espanha”. De acordo com o professor de história Xavier Domènech da UAB, “os estudantes hoje tem uma perspectiva de uma educação com cada vez menos valor, um mercado de trabalho que não tem vagas – são 5 milhões de desempregados em todo o país – e uma educação que não está a seu serviço, mas a serviço de outro interesses”.
Segundo o secretario de Universidades e Investigação da Generalidade, Antoni Castellà, a greve das universidades tem uma “visão conservadora”. Em declaração ele ressaltou ainda a “casualidade” da data tão próxima das eleições presidenciais do domingo (20).