Derrotar os cortes do governo Bolsonaro! Dinheiro para educação, ciência e tecnologia e não para os banqueiros!

Caio Barros, estudante da UFF e da Juventude Vamos à Luta

 

O Ministro da Economia, Paulo Guedes, operou um corte milionário nos recursos do Ministério da Ciência e Tecnologia. Dos 690 milhões de reais previstos para o financiamento de projetos científicos e pagamento de bolsas, 92% foi cortado e direcionado para outras áreas do governo. O corte foi aprovado pelo Congresso Nacional, com votos favoráveis de partidos como MDB, PSL, PSDB e PSB. Em nota divulgada na quinta-feira (07/10), oito entidades científicas, como Associação Brasileira de Ciências, a SBPC, Andifes, Confap, Conif, Confies, Consecti e IBCHIS, declaram que os cortes impossibilitam projetos já agendados pelo CNPq. “É um golpe duro na ciência e na inovação, que prejudica o desenvolvimento nacional”, denuncia o manifesto.

Esse novo ataque à pesquisa científica vem para dar continuidade ao projeto do governo. Bolsonaro é inimigo da educação, do pensamento crítico e da ciência pública. Enquanto as universidades produziram conhecimento no combate à pandemia da COVID-19, demonstrando de forma exemplar sua importância, o governo cortou verbas das instituições. Bolsonaro encabeça um governo negacionista, que quer destruir a produção de conhecimento no Brasil.

Bolsonaro e Guedes atacam a pesquisa, retirando quase a totalidade de suas verbas. Dizem que os cortes são necessários para alocar recursos para outras áreas, mas continuam pagando uma ilegítima dívida pública, que enche o bolso dos banqueiros e dos parasitas do mercado financeiro. Só em 2020, em meio à pandemia, mais de 39% do orçamento federal foi destinado ao pagamento de juros e amortização da dívida, escandalosos 1,38 trilhão de reais. Enquanto os bilionários ficam mais ricos, com suas contas turbinadas por recursos públicos, a ciência e a tecnologia nacionais são sucateadas.

Basta de cortes na bolsas e na educação! Queremos mais dinheiro para ter o direito a estudar, com garantia de assistência estudantil, pagamento de bolsas e verba para o financiamento das pesquisas. Quem tem que pagar a conta da crise são os ricos! Defendemos o não pagamento imediato da dívida pública! É urgente, também, a taxação das grandes fortunas; afinal, enquanto falta dinheiro para garantir nossas necessidades, o próprio Ministro da Economia, Paulo Guedes, esconde sua fortuna em paraísos fiscais, sonegando impostos e lucrando com a brutal crise econômica e a desvalorização do real. É daí que tem que sair o dinheiro para o atendimento das demandas da população trabalhadora, como emprego, combate à fome, saúde, educação e para o financiamento da pesquisa pública. Parando de pagar a dívida e taxando os bilionários é possível não só reverter os cortes como aumentar os investimentos.

Para conquistar isso é necessário seguir a luta para derrubar o governo Bolsonaro/Mourão! Nos últimos meses, tomamos as ruas em todo o país nos mobilizando pelo Fora Bolsonaro. As reitorias e a ANDIFES também têm que entrar nessa luta, denunciando a situação das universidades e mobilizando as comunidades acadêmicas. É necessário construir, para já, novas jornadas de lutas. Nesse sentido, é urgente que as entidades estudantis, como a UNE, ANPG e UBES, não se limitem a criticar os cortes nas redes sociais. Precisamos ir além! Organizar a luta em cada universidade, com assembleias democráticas pela base, para seguir lotando as ruas e derrotar o governo genocida de Bolsonaro.