Nesta terça-feira foi apresentada pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão uma proposta de resolução sobre o funcionamento presencial da UFF a partir do semestre 2022.1. Nós, da juventude Vamos à Luta, acreditamos que esse debate é muito importante e o conjunto dos estudantes da universidade precisam ter o direito de opinar sobre.
A vacinação avança no Brasil, apesar dos esforços sistemáticos do governo Bolsonaro de boicotar nossa imunização, nos colocando em um cenário em que é possível discutir um retorno seguro às atividades presenciais. Evidentemente, a pandemia ainda não acabou, sendo necessário ainda a garantia de protocolos de biossegurança para retornarmos no primeiro semestre do ano que vem, com distribuição gratuita de máscaras PFF2, campanhas de testagem e adaptações nos ambientes para não gerar aglomerações.
Retorno com garantia de permanência!
O retorno acontece em meio a uma profunda crise econômica e social no Brasil. O desemprego atinge níveis altíssimos, ainda maiores entre os mais jovens, e combinado com a alta na inflação leva milhões de brasileiros à fome e à miséria. Está mais caro comer, os aluguéis sofreram reajustes duríssimos e o transporte pesa no bolso. Essa é a realidade que vamos enfrentar no retorno presencial.
A política que o governo Bolsonaro apresenta é retirar nossos direitos e cortar verbas da educação. O projeto de Bolsonaro é que a universidade seja para poucos. Nós defendemos uma Universidade para TODES!
E para garantir universidade para todes é necessário realizar uma profunda discussão sobre as políticas de permanência estudantil que nos serão garantidas. A reitoria precisa dar transparência às contas das universidades, duramente afetadas pelos cortes. Nós defendemos:
– Abertura imediata do bandejão de Niterói, garantido alimentação para estudantes e servidores que já voltaram. Congelamento do preço da refeição.
– Construção de Restaurantes Universitários nos campi do interior. Apoiar iniciativas como a busca de recursos que está sendo feita no campus de Volta Redonda
– Garantia de funcionamento do BUSUFF em todas as localidades.
– Organizar a luta por passe-livre no transporte público
– Ampliação e reajuste do valor das bolsas de assistência estudantil
– Garantia de auxílio-creche e auxílio-moradia a estudantes que não conseguem vaga na moradia estudantil.
– Ampliação e melhoria das condições da moradia estudantil.
Dinheiro para educação, por uma universidade a serviço da classe trabalhadora!
Para conquistar nossas pautas, precisamos nos mobilizar. Existe dinheiro para garantir uma universidade pública, gratuita e com políticas de permanência. Pois enquanto os bolsistas da CAPES estão com suas bolsas atrasadas e o orçamento das instituições federais de ensino são estrangulados, o governo Bolsonaro continua enchendo o bolso de políticos corruptos por meio dos esquemas do orçamento secreto. Dizem não ter dinheiro para financiar a pesquisa, as bolsas e a ampliação das universidades, mas protegem o lucro dos bilionários e dos banqueiros deste país. Queremos a garantia de 10% do PIB para educação, que esse recurso venha da taxação das grandes fortunas e do não pagamento da dívida pública aos banqueiros.
Os estudantes precisam debater a situação da universidade! Organizar nossas pautas é pra já!
Queremos debater com o conjunto dos estudantes a situação do retorno e quais medidas o movimento estudantil irá defender. Nesse sentido é urgente que o DCE da UFF convoque para já uma assembleia estudantil, na qual possamos definir democraticamente qual é o posicionamento dos estudantes perante o retorno e quais serão as pautas levantadas pelo movimento estudantil.