
No último dia 07, mais uma vez, a prefeitura do Rio de Janeiro aumentou o valor da passagem dos ônibus, dessa vez para R$ 2,50. O aumento ocorreu num sábado, justamente para desmobilizar a população.
As justificativas são diversas. Se para o aumento ocorrido no final do ano passado o motivo argumentado foi a criação do Bilhete Único Carioca, agora fala-se nos custos com óleo diesel, pneus, mão-de-obra, entre outros. No entanto, conhecemos as condições dos transportes públicos no Rio de Janeiro, que estão cada vez mais precarizados. É cada vez mais comum a ausência do cobrador, sobrecarrengando e superexplorando o motorista, que passa a exercer dupla função sem aumento de salário, além de diminuir a qualidade do serviço para a população.
É importante lembrar que há pouco tempo também foi reajustada a tarifa do metrô de R$ 2,80 para R$ 3,10. Apesar dos sucessivos aumentos das tarifas dos transportes públicos, não vemos uma melhoria na qualidade desses serviços. Pelo contrário, trabalhadores e estudantes enfrentam diariamente transportes públicos superlotados e precários para se deslocar pros seus locais de trabalho e/ou estudo.
Sabemos que o aumento da passagem pesa no bolso da classe trabalhadora, que teve um reajuste de 5,9% no salário mínimo, mas paga 6,38% a mais na passagem de ônibus devido aos sucessivos aumentos e mais de 10% a mais na passagem do metrô.
Em diversos estados do Brasil há lutas contra o aumento das passagens. Em Belém, a juventude e os trabalhadores conseguiram congelar por cinco meses a tarifa, apesar das diversas tentativas de aumento da passagem, com muita luta e muita mobilização. Na última quinta-feira o prefeito aprovou o aumento da passagem para R$ 2,00, valor abaixo do que defendiam os empresários (R$ 2,21) por conta da pressão da mobilização. A luta para barrar os aumentos e por um transporte público de qualidade continua. Devemos nos inspirar no exemplo dos companheiros do Pará. Acreditamos que esse é o caminho. Vamos à Luta!