O dia, batizado como “Sexta-feira da união nacional e de apoio à causa palestina”, foi convocado por causa dos choques sectários que no sábado mataram 15 pessoas no Cairo, e pelo aniversário da Nakba, (Tragédia), como os árabes denominam a fundação do Estado de Israel em 1948.
A praça Tahrir, epicentro da revolução egípcia que forçou a queda do regime do presidente Hosni Mubarak em 11 de fevereiro, foi cenário de uma grande manifestação na qual predominaram as bandeiras egípcias e palestinas, explicou à Agência Efe um dos participantes da concentração.
Os protestos no Cairo têm dois objetivos, por um lado pedir o fim da tensão confessional no Egito, e por outro reivindicar a libertação dos territórios palestinos ocupados por Israel.
Para marcar o 63º aniversário da Naqba, foi organizada também a partir da praça Tahrir, uma manifestação em direção à Faixa de Gaza, para mostrar solidariedade ao povo palestino.
O secretário-geral da Coalizão de Jovens da Revolução, Mustafa Riga, anunciou, em declarações à agência oficial de notícias Mena, que 20 ônibus partirão entre esta sexta-feira e o sábado da praça e de Medinat Nasser, no nordeste do Cairo.
A ideia da iniciativa, organizada por vários dos grupos surgidos a partir da revolução, é entrar em Gaza no próximo domingo pela passagem de fronteira de Rafah.
Dezenas de pessoas protestaram também em frente à embaixada de Israel no Cairo para pedir a abertura permanente de Rafah e o fechamento da embaixada e a expulsão do embaixador.
Embora Egito e Israel tenham assinado acordo de paz em 1979, as relações sempre foram frias. Agora, no entanto, o clima voltou a ficar tenso diante da postura favorável ao grupo islamita palestino Hamas das novas autoridades egípcias.