Presidente do país, Bashar al Assad, não está entre os sancionados.
País teve novo dia de mortes durante atos pró-democracia.
O presidente dos EUA, Barack Obama, assinou nesta sexta-feira (29) uma ordem executiva impondo novas sanções contra a agência de inteligência da Síria e dois familiares do contestado presidente do país, Bashar al Assad, em resposta à violenta repressão aos protestos populares pela democracia, afirmaram autoridades norte-americanas.
Assad não está entre aqueles que serão atingidos pelas sanções, que incluirão congelamento de bens e proibição de negócios com os Estados Unidos, mas ele poderá ser incluído nesta lista se a violência por parte das forças do governo contra manifestantes pró-democracia continuar, acrescentaram as autoridades.
São as primeiras sanções americanas contra o país árabe desde o início dos protestos. Os EUA aplicam sanções ao regine sírio desde 2004.
Pelo menos 32 civis foram mortos na cidade-berço dos protestos, Daraa, afirmou o Observatório Sírio para Direitos Humanos, sediado em Londres, acrescentando que tinha uma lista de nomes dos mortos confirmados.Mais de 50 sírios foram mortos nos protestos desta sexta, denunciaram ativistas de direitos humanos.
Autoridades militares afirmaram que quatro soldados também foram mortos e dois capturados por “terroristas armados” em Daraa, apesar de um ativista de direitos humanos da cidade do sul ter afirmado que os homens tinham sido mortos ao defender os manifestantes.
Em Homs, pelo menos 15 civis foram mortos na cidade industrial, segundo o Observatório, atualizando um balanço feito mais cedo por um ativista. Segundo o ministério do Interior, três membros das forças de segurança também foram mortos em Homs.
O Observatório informou que uma pessoa também foi morta na cidade portuária mediterrânea de Latakia.
Antes do derramamento de sangue desta sexta-feira, os dissidentes afirmaram que as forças de segurança, utilizando munições reais e gás lacrimogêneo, já mataram mais de 450 pessoas desde o início das manifestações a favor da democracia, em meados de março.
Também nesta sexta, o Conselho de Direitos Humanos da ONU condenou o governo sírio pela resposta violenta às manifestações. O Brasil votou favoravelmente à condenação.