Pará | Não à redução de carga horária! Seguir em mobilização para derrotar por completo os ataques de Jatene e Dilma à educação!

Estudantes e professores da rede Estadual de ensino do Estado do Pará ocuparam as ruas de Belém contra mais um ataque promovido à educação, pelo governo de Simão Jatene (PSDB). O projeto do governo consiste em diminuir em 30% a carga horário de professores e estudantes do ensino médio, por meio da alteração da matriz curricular. As aulas que são distribuídas em 7 horários, a partir da implementação do projeto seriam divididas em 6 horários. Um dos argumentos do governo para que o projeto entre em vigor é a evasão escolar que se dá nas escolas, principalmente nos últimos horários, e a piora nos índices do IDEB no Estado, tentam ainda culpar nossos professores por isso.

O projeto é totalmente rejeitado por todas as comunidades escolares, e isso se provou no ato construído dia 14/04 que contou com a participação de mais de três mil pessoas em Belém; estavam presentes escolas como: Ulysses Guimarães, Paes de Carvalho, Tiradentes II, Colégio Estadual Pedro Amazonas Pedroso, Santa Maria de Belém e outros. Em 11 municípios do sudoeste do Estado também houve mobilização, entre eles, Nova Ipixuna. Tanto na capital, como no sudoeste do Estado a pressão da mobilização fez com que o projeto fosse retirado da pauta de votação do Conselho Estadual de Educação (CEE), uma vitória parcial do movimento, por isso as manifestações devem seguir. O Ministério Público do Estado também interviu, por meio de uma carta de recomendação ao CEE, onde aconselha que tal votação não pode ser feita antes que audiências públicas sejam realizadas para dialogar com a população.

Qualquer projeto que mexa com o direito básico dos estudantes e que vá afetar a vida da comunidade escolar deve ser discutido com a mesma. Além disso, retirar horas de aprendizado quer dizer investir menos na nossa educação, não precisamos passar menos tempo na escola. Precisamos de uma boa estrutura nas nossas instituições; de merenda escolar de qualidade; de professores bem remunerados; atividades extracurriculares e lazer na escola.

Unificar as lutas em curso no país pelo Fora Todos!

As ruas das principais capitais do país estão sendo ocupadas por estudantes, professores e demais servidores do serviço público. Em São Paulo, estudantes secundaristas protagonizaram um vitorioso movimento de ocupação para derrotar o fechamento de suas escolas, política aplicada pelo governador Alckmin (PSDB). No Rio Grande do Sul professores e alunos estão saindo às ruas para protestar contra o parcelamento dos salários dos servidores, promovido pelo governo de Sartori (PMDB).

No Rio de Janeiro mais de 40 escolas estão ocupadas. Os profissionais da educação e demais servidores públicos estão em greve, contra as políticas de precarização do governo Pezão (PMDB). O que esses governantes têm em comum é a cartilha de ajuste fiscal que lhes é orientada a fazer nos estados, pelo governo de Dilma/Temer (PT/PMDB). Mesmo que eles estejam em partidos e aparentemente em lados diferentes, possuem um mesmo interesse: garantir benefícios aos ricos e atacar os direitos dos trabalhadores e da juventude, via pagamento da Dívida Pública, transferindo quase R$ 1 trilhão para banqueiros e empresários. Por isso nenhum deles nos representa!

Dilma também ataca o direito dos servidores federais, com o novo Projeto de Lei 257, que congela o salário de servidores, suspende concursos públicos e sucateia o funcionalismo, levando Jatene e demais governadores a fazerem o mesmo onde governam; e a nova reforma da previdência, que ataca direitos históricos dos servidores e aposentados, e aumenta o tempo de contribuição das mulheres trabalhadoras. Pra derrotar todas essas medidas é preciso seguir o exemplo do RJ, onde os servidores constroem junto aos estudantes uma poderosa Greve Geral!

Devemos construir uma alternativa junto aos trabalhadores e a juventude que lutam no país. Uma alternativa política que não esteja ao lado dos partidos da ordem, como PT, PSDB e PMDB que já provaram que estão ao lado dos patrões e dos empresários da educação. A tarefa é unificar cada vez mais as lutas, intensificar as greves, manifestações e ocupações para derrotar os inimigos da juventude e dos trabalhadores. Dilma, Jatene, Zenaldo, Temer, Lula, Cunha e Renan não nos representam. Fora Todos!

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