O mundo passa por uma grave pandemia, desde fevereiro quando foi notificado o primeiro caso no Brasil tem se intensificado o debate e a busca de soluções para situação. O governo Bolsonaro/Mourão tem desde o início da pandemia, sistematicamente negando a sua importância e aproveitando o fato para aplicar mais ajustes sobre as costas da juventude, dos trabalhadores e do povo pobre. Neste momento em que há uma anormalidade na prestação dos serviços, além do sucateamento do sistema público de saúde, precarizado ainda mais pelo Governo Bolsonaro que corta os gastos com a saúde, pesquisa e educação, e defende a manutenção da EC95.
A PUC Minas, adotou o sistema de aulas remotas desde o dia 16/03, aplicado a todos os cursos. A medida tomada se deve a propagação do vírus COVID-19 de forma a atender as medidas de isolamento social. O sistema implementado hoje, não é de fato nem um EAD, e sim aulas nas quais os professores devem improvisar e adaptar os conteúdos que seriam lecionados em salas de aulas e laboratórios, precarizando o ensino e aprendizagem.
A reitoria toma essas medidas desconsiderando os alunos de baixa renda, e que ingressam na universidade através do ProUni ou Fies, e que muitas vezes podem não possuir recursos necessários para acompanhar as aulas, seja acesso a internet com mínima estabilidade ou computador, e para estes estudantes não é dado nenhum tipo de auxílio ou saída.
No Brasil 41,9% dos trabalhadores são informais, a instabilidade financeira das famílias faz com que estes se arrisquem para garantir o sustento familiar, estudantes perdem bolsas, estágios, além da preocupação com a saúde mental, apesar disso a reitoria segue com o semestre, mantendo o valor integral da mensalidade colocando como única alternativa o parcelamento do valor das mensalidades, evidenciando mais uma vez que o lucro está acima de tudo e que nada tem de filantrópica.
Entendemos que a modalidade EAD não é a solução, e que o que ocorre hoje nas PUCs é mais um reflexo do avanço da precarização do ensino, que visa o lucro das instituições privadas e que reflete também a forma de governar de Bolsonaro e do ministro Weintraub que querem acabar com o ensino de qualidade.
É fundamental que o DCE, a UNE e ANPG exijam da PUC uma redução das mensalidades, a manutenção do emprego e do salários dos trabalhadores da universidade, bem como é fundamental que CUT e CTB apoiados por estas entidades construam uma greve geral para por pra fora Bolsonaro, Mourão e seus ministros para combater efetivamente o coronavírus.
- Pela redução em 50% das mensalidades!
- Que se tenha garantias de manutenção dos alunos com ProUni e FIES.
- Nenhum a menos! Não a redução salarial! Nenhuma demissão ou suspensão de contrato!
- Que a PUC efetive um plano de auxílio aos estudantes que perderam bolsas!
- Que o DCE, a UNE e ANPG organizem as entidades e convoquem um CONEG virtual emergencial para armar o movimento estudantil!
- Que o DCE Construindo Todos os Dias convoque uma assembleia online para organizar a luta dos estudantes.