NÃO À INTERVENÇÃO NA UFRGS! FORA BULHÕES!

Em mais um ataque à educação, à ciência e à democracia, Bolsonaro nomeou Carlos Bulhões para a Reitoria da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Bulhões, que ficou em terceiro lugar na eleição, foi indicação do histriônico deputado federal bolsonarista Bibo Nunes.
Graças ao seu corpo técnico, docente e discente a UFRGS tem conseguido se manter entre as melhores universidades do país, mesmo em meio aos cortes de verbas e ao crescente sucateamento da instituição. A intervenção bolsonarista pode transformar a UFRGS no que hoje é o Ministério da Saúde: um órgão inoperante e cabide de emprego para os desqualificados puxa-sacos do governo.
A intervenção facilita os cortes, os planos privatistas, as perseguições, deixa os reacionários assanhados e ameaça as cotas sociais e raciais, medidas obtidas e mantidas através da luta da comunidade acadêmica, tendo se enfrentado inclusive com a gestão de Rui Oppermann.
Aliás, a gestão de Oppermann foi marcada por ataques às conquistas da comunidade acadêmica: pelo lado dos estudantes às cotas e à permanência; pelo lado dos técnicos a revogação, por decreto, das 6 horas conquistadas em votação no CONSUN. Não por acaso, Oppermann teve que se valer do antidemocrático sistema de votação 70-15-15 para se eleger e se reeleger, pois nas duas ocasiões não foi o mais votado pela comunidade acadêmica. Na última eleição, defendeu esse despautério com o argumento de evitar a intervenção.
A política de conciliação com a direita fez os governos petistas não avançarem na democracia universitária e ainda tratarem com arrogância e desprezo aqueles que pediam o fim da lista tríplice e a garantia legal de que o Reitor com a maioria dos votos, em eleições pelo menos paritárias, fosse empossado.
Bulhões sabe que é um pau mandado do reacionarismo sem respaldo da comunidade acadêmica e por isso se apresentou na imprensa como homem do “diálogo” e da “inclusão”. Mas já sabemos que, como todo bolsonarista, é um mentiroso que disse que não aceitaria a nomeação se ficasse em terceiro.
A UFRGS possui uma rica história de luta e uma comunidade universitária combativa. A exemplo da UFRJ, que em 2019 derrotou a intervenção, devemos nos mobilizar até escorraçar o lacaio de Bibo Nunes e Bolsonaro da Reitoria. O ANDES, a FASUBRA e a UNE têm que organizar uma luta nacional pra enfrentar esse ataque à democracia. É necessário que a Assurgs, o DCE da UFRGS e a seção local do ANDES dêem continuidade à organização unitária da mobilização até derrotar esta intervenção.

NÃO À INTERVENÇÃO! FORA BULHÕES!
POR ELEIÇÕES PARITÁRIAS!

Juventude Vamos à Luta
Corrente Sindical Combate