Alguns componentes curriculares na UFU já foram ofertados presencialmente a partir desse semestre (2021.1). Infelizmente, os Restaurantes Universitários ainda não estão funcionando. A licitação com a antiga empresa (adicionar nome) foi encerrada e nova chamada foi aberta. A Reitoria divulgou que até o dia 22/12 a nova licitação será fechada com a empresa escolhida. Para nós, é fundamental que o RU esteja funcionando após o recesso e, mais do que isso, com a manutenção do preço anterior de 3 reais.
Para muitos de nós, o RU mais caro do que isso seria a sentença final para desistirmos de nossos cursos. Não podemos esquecer que estamos numa profunda crise econômica, que atinge duramente a juventude. Falamos de um contexto de 23% dos jovens desempregados, com as taxas de insegurança alimentar e de fome cada vez mais absurdas, impondo a fila do osso para o povo trabalhador brasileiro e seus filhos. Segundo a Dieese, a cesta básica chegou a custar $700,00, com o salário mínimo em $1100,00.
Nesse sentido, o projeto de Bolsonaro e seus aliados é expulsar os filhos da classe trabalhadora das universidades para engrossarmos as fileiras do trabalho precário e informal. Por isso, eles desmontam a Assistência Estudantil e as reitorias informam aumento dos preços dos RUs por todo o Brasil. Aumentar o RU no momento em que vivemos é impor a fome para grande parte dos estudantes. Em média, 70% de nós depende do RU. Com a destruição de toda a política para a permanência, a evasão vai ser um projeto garantido.
É papel das reitorias que se opõem a Bolsonaro, ao invés de administrar a crise, lutar conosco pela defesa dos serviços públicos e assegurar que não seremos ainda mais vitimados pela política privatista e excludente de todo o seu governo. É importante ressaltar que a Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis se comprometeu a garantir o Restaurante Universitário para o retorno e, após a fala dos representantes do Movimento Estudantil, disse para não “nos preocuparmos” sobre o aumento do serviço. Reivindicamos que a Reitoria cumpra a sua palavra e feche a licitação na qual o preço se mantenha.
O DCE (JS/PDT e independentes), por sua vez, segue na política de omissão e de se prestar ao papel de ser apenas informante da reitoria. Não à toa, defenderam que o aumento seria necessário no último CONDAS presencial que tivemos. Seguem sendo completamente alheios à realidade e ao cotidiano dos estudantes. A expressão disso foi a completa negligência aos atos contra Bolsonaro na cidade e à situação dos bolsistas de RP e PIBID, que são dezenas na UFU. Em relação ao RU, a única diferença é que “informaram” sobre as licitações, sem nenhum debate com a base estudantil.
A gestão ignora a possibilidade de aumento, servindo ao papel que cupriu anteriormente no ensino remoto e híbrido: de “apagar o fogo” e omitir a realidade dos estudantes para que a reitoria passe a conta da crise para nós. Não podemos aceitar! Exigimos que o DCE saia do seu imobilismo e esteja ao lado dos estudantes. Assegurar que possamos nos alimentar com uma refeição digna é uma batalha fundamental que a nossa entidade representativa deveria travar. Além disso, é fundamental que o DCE convoque uma Assembleia Geral após o recesso, para dialogar conosco sobre os cortes do governo Bolsonaro/Mourão e a situação de desmonte da Assistência Estudantil. A nossa luta pela universidade e para que ela seja para todes não pode parar!
Se você faz parte de alguma organização, entidade estudantil ou é estudante da UFU e quer somar na luta com a gente, entre nesse link para assinar nossa campanha e abaixo-assinado que será enviado para a reitoria no dia 20/12: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSdACCPF75vQCi6ES2syNfGh-Kft7GTqLkL2hA4O4YpVDAzNxg/viewform
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Por uma universidade para todes!
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Que a reitoria assegure a manutenção do preço de 3 reais por refeição para todes. Aumentar o RU é impor a fome a evasão!
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O DCE deve estar ao lado dos estudantes e convocar uma Assembleia Estudantil para a volta às aulas após o recesso, para lutarmos contra o projeto de Bolsonaro/Mourão e Milton Ribeiro de expulsão dos filhos da classe trabalhadora das universidades
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Fora Bolsonaro/Mourão e todo o seu projeto já!