Por uma chapa da esquerda independente na eleição do CONUNE e DCE da UFM
A situação da nossa universidade é cada vez mais precária: elevadores com defeito, faltam insumos básicos como papel higiênico, e não há iluminação adequada nos campus deixando os e as estudantes em situação de insegurança. Na UFMG sequer as cantinas funcionam em todos os prédios, e a reitoria nada faz para resolver o problema.
O governo Lula/Alckmin editou na última semana um decreto (12.448/25) que retirava verba da educação atingindo a assistência estudantil da UFMG em R$3 milhões de reais, afetando bolsas, permanência e alimentação dos e das estudantes mais carentes. A educação foi retirada do decreto, mas na mesma linha o governo anunciou um corte de R$ 31 bilhões podendo aumentar esse valor. Tudo isso tem um objetivo: Cumprir a meta de déficit zero, o arcabouço fiscal destinando mais da metade do orçamento para pagamento da dívida pública e garantir os R$400 bilhões do plano Safra do agronegócio.
Uma alternativa de Luta para o DCE e a UNE
Não temos dúvida de que a saída para os estudantes aliados à classe trabalhadora é lutar, mas para isso é preciso ter em mãos um programa que mobilize os e as estudantes contra os ataques do governo, sem deixar de lado o combate consequente à extrema-direita exigindo a prisão dos golpistas do 8/1 e de 1964. Para isso é preciso levantar pautas e reivindicações de forma independente. A direção majoritária da UNE(PcdoB/UJS, Juventude do PT, Levante Popular da Juventude e a Juventude sem Medo/PSOL) infelizmente não cumprem esse papel, apesar de convocar o dia 29/05, há anos não convocava uma jornada de luta, mesmo passando o arcabouço fiscal, o genocídio em israel, o próprio dia 29/05 não foi organizado pela base, e não ocorreram assembleias nas universidades. Fazem isso porque se destinam a defender e blindar o governo de qualquer crítica.
Um chamado à Esquerda Independente
Precisamos lutar de forma unitária pela revogação do arcabouço fiscal, não pagamento da dívida pública destinando verbas para as áreas sociais, fim dos cortes de verbas, mais bolsas e assistência estudantil, por cotas trans na UFMG e em toda universidade, além de uma solidariedade ativa com o povo palestino.
Por isso fazemos um chamado aos companheires d@ Junt@s/MÊS e UJC/PCBR que impulsionaram, em Belo Horizonte, uma reunião para organizar o ato do dia 29/05 contra os cortes na educação e o Correnteza/UP a formar uma chapa unitária dos setores que são independentes do governo, partido da correta unidade formada no CONEG este ano. Chamamos também @s companheires do, Rebeldia/PSTU e Faísca/MRT a fazer parte dessa construção por um programa que reivindique um programa mínimo para ocupar as ruas contra o arcabouço fiscal, por uma nova direção na UNE e no DCE da UFMG. Uma chapa de luta e independente do governo que tenha também como norte a luta pela prisão dos golpistas de 8/1, e o fim do Plano Safra que destina dinheiro para os destruidores do meio-ambiente do agronegócio.
Entendemos e respeitamos as diferenças existentes entre os setores da esquerda independente, mas na nossa opinião temos condições de unificar em torno de um programa comum cuja luta organizada de baixo seja o método para arrancar nossas vitórias.