Nossos direitos não cabem nos carnês das lojas Zema

Vamos à Luta MG

Em pouco mais de 2 meses de mandato, o governador de Minas Romeu Zema, já deixou claro que sua gestão será mais do mesmo, e a educação não será prioridade.

Uma de suas primeiras medidas foi o parcelamento do 13° salário dos professores da rede estadual e do conjunto do funcionalismo público, em 11 vezes, um verdadeiro deboche com aqueles que trabalham à serviço da população. No estado de Minas Gerais milhares de cidades estão sofrendo com a falta de repasses do governo, paralisando os serviços públicos.

Desde sua eleição, Romeu Zema (NOVO) segue inserido na lógica de neoliberal do ajuste fiscal e do mega-esquema de favorecimento aos grandes bancos, através do pagamento da dívida interminável com a união e da Lei Kandir, que isenta a cobrança de impostos sob as exportações, beneficiando as grandes mineradoras, como a Vale e deixando de arrecadar recursos para o estado. É a velha receita de Anastásia (PSDB) e Pimentel (PT), se escondendo atrás do discurso do equilíbrio fiscal para agradar seus compadres.

O resultado dessa política estamos vendo desde o início do ano, onde ocorreu parcelamento de salários e 13°, atraso na volta às aulas em mais de 300 cidades do estado e cortes de verbas na educação e cultura, afetando os bolsistas da FAPEMIG e a pesquisa e o programa Valores de Minas, centro  interescolar de cultura, arte, linguagens e tecnologias, que visa transformar a realidade da juventude no estado através do desenvolvimento cultural e artísticos de jovens, sobretudo da periferia.

Pela constituição estadual, o governo deve repassar 1% da arrecadação à FAPEMIG, segundo a instituição, os repasses foram inferiores a esse percentual nos últimos anos. A justificativa é da ausência de recursos para a manutenção das verbas da educação e da cultura, não se sustenta na realidade, apenas no último trimestre de 2018, o estado arrecadou 155,1 bilhões, mas o governador tem carnê com as mineradoras e banqueiros, por isso não tem como prioridade os serviços públicos.

No ano passado a FAPEMIG concedeu 1.241 bolsas para alunos dos ensinos fundamental e médio, 3.999 para alunos da graduação, 1.587 de mestrado e doutorado. O corte de verbas acarretou no anúncio da suspensão de novas bolsas e não abertura de novos editais, sem a perspectiva de pagamento das bolsas em atraso.

Não aceitaremos o sucateamento da cultura e da educação e de seus equipamentos. Romeu Zema paralisa a pesquisa, compromete o funcionamento de bibliotecas públicas, da Rádio Inconfidência, Rede Minas, Palácio das Artes e deixa milhares de jovens do Valores de Minas sem aulas.

Nós da Juventude Vamos à Luta apoiamos iniciativas como o #FicaValores e a luta em defesa da educação e do acesso a cultura, nosso direitos não cabem no carnê das lojas Zema.

Movimento Fica Valores: http://bit.ly/2uo0w0f
Manifesto contra os cortes de bolsas da FAPEMIG: http://bit.ly/2Wh6f47

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