Indignados voltam à Praça do Sol

Pessoas protestam em Madri em apoio ao grupo de ativistas que ficou conhecido como “Os indignados”. Eles reclamam a falta de emprego e a crise econômica. Muitos cruzaram o país a pé para participar do ato

Em um ambiente familiar, pacífico e festivo, cerca de 35 mil manifestantes pertencentes ao movimento 15-M (15 de Maio) voltaram a ocupar a praça Porta do Sol, em Madri para exigir reformas políticas, econômicas e sociais. Muitos deles chegaram à capital espanhola percorrendo quilômetros a pé, vindos de outras cidades e regiões do país em seis colunas, enquanto outros trinta ônibus providenciaram o transporte dos demais “indignados” – como são conhecidos os protestantes. As informações são do jornal espanhol El País e da agência de notícias France Presse

O tema dos protestos dessa vez era “Não é uma crise, é o sistema”. Os cartazes traziam bordões que se tornaram conhecidos desde o início da série de manifestações, como “Dormíamos, agora despertamos” ou “Um mundo sem muros”, e outros como “Por essa crise não pagamos”. Os manifestantes protestam contra a alta taxa de desemprego no país (21,29%), especialmente entre os jovens (45,4%), à morosidade da classe política e os excessos do liberalismo. A marcha começou às 19h locais no bairro de Atocha até chegar à praça. Por volta das 21h locais, alguns manifestantes iniciaram sua jornada de regresso para suas cidades de origem, enquanto algumas centenas decidiram continuar os protestos seguindo até as imediações da Câmara dos Deputados aos gritos de “Esse edifício é do povo!”. Um forte aparato policial protegia os perímetros do Legislativo, mas os manifestantes os provocavam lembrando os oficiais, aos gritos, que “no domingo não se trabalha”. Outro sinal claro da manifestação foi o cansaço de muitos dos manifestantes. Além dos que atravessaram o país a pé para chegar à capital, o movimento teve dias muito ativos entre a última grande concentração até esse fim de semana, organizando assembleias para registrar demandas dos cidadãos e para explicar as razões do movimento. 




 Segundo o El País, calcula-se que o total de peregrinos tenha sido de 550, que foram chegando à capital desde sexta-feira (22/07). Eles receberam abrigo e comida das comunidades de bairros madrilenhos. Os “indignados” ocuparam a praça durante quase um mês, de 17 de maio a 12 de junho. No dia 19 do ano passado, o movimento levou cerca de 200 mil pessoas às ruas de todas as cidades do país. O movimento é apartidário e conta com apoio da opinião pública.



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