GREVE ESTUDANTIL JÁ! É pelo fim das matérias pares e impares! Estudante de Letras, vote SIM pela greve estudantil!

Nós estamos cansados de saber sobre o sucateamento da universidade. Todo mundo conhece alguém ou já ficou presa no elevador, passamos calor dentro de sala por conta do ar-condicionado que não funciona, não há bolsas e auxílios para todos, e os valores são muito baixos. Temos o km mais caro do estado, e ainda não temos o passe livre universitario. Na letras temos uma defasagem ENORME de professores, o que resulta nas matérias pares e impares, atrasando a graduação de muitos estudantes. Além disso, os licenciandos infelizmente tem o futuro comprometido pelo Novo Ensino Médio. Não estamos isentos do itinerário formativo, e ninguém merece ensinar projeto de vida e brigadeiro gourmet, né? Acontece que hoje está acontecendo uma forte luta nacional e unificada, e precisamos nos fortalecer essa luta e não deixar pra depois. Não podemos ignorá-las se queremos conquistá-las!

Nesses últimos dias, foi divulgado que foram cortados 4 bilhões das áreas sociais só em 2024, sendo 353 milhões só na educação! Isso se deve ao o Arcabouço Fiscal, para garantir o pagamento da dívida pública. Ou seja, o governo Lula/Alckimin corta da educação para encher o bolso de bilionários. Hoje as universidades tem o mesmo orçamento de 2013, mais de 10 anos atras. Não podemos aceitar isso! Chega de cortes na educação!

No dia 11/04, foi deflagrada a greve estudantil imediata na assembleia convocada pelo DCE da UFF, a entidade máxima de representatividade estudantil da UFF. Isso significa que é necessário que cada CA e DA mobilize os estudantes de seus cursos, e infelizmente não é isso que vem acontecendo na letras. No dia 18, haverá uma nova assembleia da ADUFF, em que os professores votarão se vão aderir à greve, unificando, assim, os 3 setores.

No dia 25/03 ocorreu uma assembleia puxada pelo CALUFF para debater a greve. Nós, da Juventude Vamos à Luta batalhamos pela greve na letras, mas foi encaminhada uma paralisação com mobilização para o dia 15/04, e uma assembleia pro mesmo dia. Infelizmente, nenhuma dessas duas propostas aprovadas em assembleia foram devidamente construídas pelo CALUFF. A assembleia foi divulgada 3 dias antes e a paralisação 1 dia antes. Tiveram 18 dias para mobilizar e fizeram em cima da hora. Isso é muito ruim e demonstra a falta de empenho da direção em construir espaços democráticos de debate no curso.

Na assembleia híbrida do dia 15/04, o CALUFF seguiu sua política de não fortalecer a política da greve, com uma postura “neutra”, e propuseram fazer a votação sobre greve estudantil na letras na forma de um plebiscito com voto em urna, entre os dias 16 e 18, com argumento de ser mais abrangente. Nós defendemos que a decisão sobre a greve deveria ser tomada em assembleia, fom debates, num espaço democrático em que todos possam falar. Na verdade, se observamos a postura que tem tido CALUFF a respeito da greve, percebemos que não há uma vontade verdadeira de mobilizar pra essa greve. E, por isso, acreditamos que essa votação, afastada do debate, não ajuda no convencimento sobre a necessidade da greve. Por isso, nós da Juventude Vamos à Luta, vamos girar todos os nossos esforços para dialogar com cada estudante, passando em sala, panfletando, para construir a greve na letras.

A assembleia do DCE é soberana, mas também é necessário construir nas bases de cada curso!

Mediante a decisão tomada em assembleia do DCE, cada estudante pode decidir aderir ou não à greve. No entanto, é muito importante que os CAs se posicionem e batalhem para que cada estudante se convença da greve! Toda e qualquer atividade política do CA deve ser discutida e deliberada em assembleia, mas nada impede que as gestões dos CAs e DAs tenham sua própria opinião e a defendam, e é isso que se espera de uma direção política. Até agora o CALUFF não se manifestou a favor e nem contra a greve dos estudantes, o que é um erro. E sabemos que neutro ninguém é.

Além do mais, em assembleia frisaram que mesmo que os estudantes de letras entrem em greve, nada garante que os professores entrem em greve, pois letras não tem histórico de greve. Discordamos. É claro que cada estudante tem o poder de escolher se adere ou não a greve, mas se fazemos uma boa e forte greve estudantil na letras, empurramos os professores. No dia 15, dia de paralisação docente e estudantil, não havia professores da letras nos blocos. Forte sinal que juntos, nos fortalecemos.

Por uma greve estudantil forte, unificada e mobilizada! Nos dias 16, 17 e 18 vote SIM para a greve, e vamos nos mobilizar! É pelo fim das matérias pares e impares, pelas cotas trans e a recomposição orçamentária das universidades. Não podemos ficar parados, vamos à luta por nossas pautas!