11N: ocupar as ruas contra a PEC do Fim do Mundo

O mês de outubro terminou com 1.197 escolas, institutos federais e reitorias, campus e institutos universitários ocupados, além de inúmeras greves estudantis e manifestações de rua. “Se não nos deixam sonhar, não os deixaremos dormir” – este é o recado dos estudantes para o governo ilegítimo de Michel Temer, que tenta aplicar medidas econômicas para retirar direitos e ameaçar o futuro da juventude.

Não é por um semestre, é por 20 anos

As condições de ensino e permanência nas escolas e universidades estão bastante precárias. Os estudantes sentem isso desde a falta de merenda, passando pelos problemas estruturais até os cortes de bolsas acadêmicas e de assistência estudantil. Além de tudo, a juventude é um dos setores sociais mais afetados pelo desemprego.

Para manter os privilégios dos grandes empresários, banqueiros e ‘ricaços’, os governos estão retirando os direitos dos estudantes e trabalhadores. O governo Dilma, com suas ‘mãos-de-tesoura’, iniciou o ‘trabalho sujo’ que o Temer está terminando. Se os cortes de verbas pioram a situação da educação no Brasil, a PEC 241 – do congelamento de gastos – é ‘o fim do mundo’; assim como a Medida Provisória da Reforma do Ensino Médio (MP 746); o Projeto de Lei (PL) “Escola sem partido” e as reformas Trabalhista e da Previdência. Isso tudo seria diferente se, em vez de nós ‘pagarmos essa conta’, fossem congelados os gastos com o pagamento da dívida pública, com as isenções fiscais aos empresários e os privilégios dos políticos. Por isso, assim como nas Jornadas de Junho de 2013, quando as gigantescas manifestações não eram “apenas por 20 centavos”, as mobilizações de hoje não são por um semestre ou bimestre de estudos, mas por 20 anos de desmonte da educação e saúde públicas.

11N: unificar as lutas e ‘colocar o bloco na rua’

SIM, e possível! E nesse momento precisamos apostar naquilo que nos faz mais fortes: nossa união. Acreditamos que todas as formas de luta) ocupações, paralisações, greves, panfletagens etc.) devem estar a serviço de construir grandes manifestações de rua no dia 11 de novembro. Será uma oportunidade de dialogar com o conjunto da população que rechaça o ajuste fiscal e o governo Temer e de unificar a juventude com as categorias que já estão em luta, como os servidores técnico administrativos das federais. SIM, e possível derrotar o ajuste do Temer… Com fortes manifestações de rua, a exemplo das Jornadas de Junho de 2013 (que obrigaram os governos a reduzir as tarifas do transporte), parando as escolas, universidades e colocando o bloco na rua.