RUMO AO 42 CONUBES | OS SECUNDARISTAS QUEREM GUERRA AOS GOVERNOS

OS SECUNDARISTAS QUEREM GUERRA AOS GOVERNOS

A situação nas escolas de norte a sul do País se encontram cada vez mais num funil e não existe outra saída que não seja a organização e mobilização dos estudantes, professores e funcionários. O corte de 4,3 bilhões anunciado pelo corrupto Temer no início do ano e seguido fielmente pelo seu ministro da Educação Mendonça Filho, descendo até aos governadores, traz à tona hoje um cenário caótico na rotina de toda comunidade escolar. O básico cada vez mais fica distante da realidade estrutura precárias e sem reformas, falta de material didático, salas sem quadro, professores com salários parcelados e não recebendo o piso salarial, a insegurança dentro e fora das escolas e a tentativa constante de restringir o passe livre e a merenda dos alunos evidenciam os ataques promovidos por Michel Temer e sua quadrilha de governadores e prefeitos.

Tudo isso vem acompanhado com a ‘’reformulação do ensino médio’’ atacando as licenciaturas e o ‘’ escola sem partido’’ em resposta ao que foi o maior movimento de luta secundarista na história desse País, com as ocupações. Todas essas medidas e a situação objetiva das escolas só contribuem para o aumento da evasão escolar e a não reflexão crítica sobre a realidade.

A BUROCRACIA DA UBES TEM TRAIDO

Os secundas que ocuparam suas escolas e se enfrentaram com os governos, também fizeram suas experiências com quem está a mais de 20 anos a frente da UBES, a UJS (PcdoB). E em centenas de escolas foram rechaçados, não por que são filiados a partidos políticos como costumam justificar, mas sim pela politica com qual atuam seus partidos. Os constantes acordos com os governos traindo nossas lutas como foi nas ocupações, nas lutas do 1º semestre direção majoritária da UBES esteve distante da mobilização nas escolas, nos julgamentos de Michel Temer pela câmara a UBES não chamou ato. Além dos braços dados com o PT de Lula e Dilma vão no sentimento contrario dos estudantes que hoje estão indignados, pois querem apenas construir a campanha de Lula presidente.

Os calendário de lutas está preparado para o mês de novembro com o dia 10/11, por isso o primeiro passo é dialogar com os estudantes nas escolas fazendo reuniões, assembleias e comitês para fortalecer esse dia e construir uma nova GREVE GERAL no país.

RUMO AO 42 CONUBES PARA CONSTRIR LUTAS

Entre os dias 29 de novembro e 2 de dezembro, na cidade de Goiânia, milhares de estudantes de todo Pais vão se encontrar no 42º Congresso da UBES para discutir o rumo da educação, o balanço da entidade e as tarefas dos secundas para o próximo período. A tiragem de delegados já começou e os alunos vêm tocando as eleições em suas escolas para enviar representantes ao congresso. Achamos que esse congresso se dá num marco importante na situação do País, onde Temer é reprovado por mais de 94% da população, um governo que está envolvido até o pescoço em grandes esquemas de corrupção e sustentado pela compra de apoio, e que podemos derrubar através de nossas lutas.

NOSSOS SONHOS SÃO MAIORES QUE ELEIÇÕES EM 2018

A juventude que cresceu com a Jornada de junho, se formou nas ocupações, hoje tem uma tarefa imediata colocada que perpassa a derrubada do governo Ilegítimo de Michel Temer. É preciso que cada delegado possa expressar um perfil indignado nos moldes que foram as ocupações e dar uma batalha para que esse congresso reflita as nossas lutas e não transforme em um palanque de campanha para o Lula em 2018. Queremos romper com o velho projeto de conciliação de classes que o PT apresentou nos 13 anos de governo fazendo uma opção de classe ao se aliar com Cabral, Renan Calheiros e Eduardo Cunha, tão pouco queremos Bolsonaro e Doria.

OPOSIÇÃO DE ESQUERDA POR UMA NOVA DIREÇÃO NA UBES

É fundamental fortalecer o campo da oposição de esquerda com os companheiros do Juntos, Rua, UJR, UJC e outros setores que estejam dispostos a fortalecer um programa que tenha como centro a derrubada imediata do Temer nas ruas, ocupações e lutas a alternativa real para tomar a direção da UBES e construir lutas no país.