Campinas-SP | Não à privatização das aulas práticas no COTUCA! Não aos cortes e supersalários!

O COTUCA – Colégio Técnico de Campinas, por ser integrada à Unicamp, está sendo diretamente afetado com os cortes, e em meio a crise em que o colégio se encontra é apresentada uma proposta de privatização do ensino prático de alguns cursos. A ideia é a entrada de empresas privadas no colégio oferecendo máquinas e capital para projetos de alunos, e em troca os alunos entram com ideias e mão-de-obra. Após a apresentação na Mostra de Trabalhos, as máquinas e ideias do projeto serão da empresa que o patrocinou, dando a ela todos os direitos. Poderá inclusive patentear alguma ideia do projeto em seu nome, sem dar pouco ou nenhum crédito ao estudante que idealizou e produziu a inovação a troco de nada.

O colégio opta pela iniciativa privada, que vai se apropriar das inovações dos alunos, ao invés de cobrar recursos do reitor da Unicamp que recebe um supersalário fraudulento de R$ 50 mil por mês, junto com mais de 800 funcionários apadrinhados com supersalários irregulares. Isso se soma a um contexto nacional de desmonte da Educação Pública, seja ele feito pelo governo do PSDB no estado de São Paulo ou pelo governo no PT a nível federal. 

Barrar os cortes e o ajuste de Dilma e Alckmin para garantir uma Educação Pública e de qualidade!

Em 2015 a crise política e econômica se aprofunda ainda mais, e o governo do PT corta das áreas sociais e retira direitos. Um desses ataques foi o corte de R$ 10,4 bilhões na Educação feito por Dilma (PT) e seu ministro da fazenda Joaquim Levy. Dinheiro para pagar banqueiros como parte do ajuste fiscal, dinheiro tirado da construção de creches, dos bandejões das universidades federais e, claro, dos repasses aos estados, o que afeta diretamente o COTUCA. Aqui no estado, Alckmin (PSDB) fechou 3 mil salas de aula e a resposta da população trabalhadora foi a maior greve dos professores estaduais, que durou 90 dias. Em todo o país estouram greves nas universidades federais contra os cortes de Dilma e Levy, se somando a centenas de outras greves, como as dos operários da GM. Mais recentemente foram cortados mais 400 milhões das universidades estaduais de São Paulo, o que atinge duramente a Unicamp que vai terminar o ano devendo R$ 80 milhões, obrigando a fazer cortes nos investimentos e pondo em risco o novo prédio do COTUCA orçado em R$ 35 milhões. É por essas e por outras que nem PT, nem PSDB, nem PMDB nos representam! Fora todos! Os jovens indignados de Junho de 2013 precisam construir uma saída pela Esquerda junto com os trabalhadores, pois só com muita luta e muita organização dos estudantes dentro e fora do colégio conseguiremos financiamento público para os projetos técnicos dos alunos do COTUCA, remuneração dos estágios de enfermagem, um prédio próprio do colégio que acomode todos os alunos, cursos novos e expansão com qualidade.  

 

por João Carlos, estudante do COTUCA e militante da Juventude Vamos à Luta – Campinas/SP

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