SP | Seguir o exemplo das ocupações de escolas. Derrotar os novos ataques de Alckmin contra a educação

O ano de 2015 é um grande exemplo na luta dos secundaristas. Contra a proposta de (des)organização escolar, ocupamos mais de 200 escolas e organizamos atos de rua por todo o estado de São Paulo. A disposição de luta dos estudantes impôs uma contundente derrota ao governador Alckmin que foi obrigado a recuar em seu projeto, tamanha a força da luta dos estudantes que contavam com o apoio popular.  Nas escolas ocupadas, era comum ver a população se solidarizando através de doações e mensagens de apoio. Nesse momento, a popularidade do governador despencou 20% e o secretário de Educação não aguentou e teve que renunciar.

A reorganização “por baixo dos panos”

Mesmo após a derrota que sofreu para as ocupações das escolas no final do ano passado, Alckmin se esforça de todas as maneiras pra manter seu projeto de precarizar ainda mais a educação, pois a (des)organização escolar nada tem a ver com uma suposta melhoria do ensino e sim com cortar grana da educação. Isso é parte do chamado ajuste fiscal, que Dilma, governadores e prefeitos aplicam, cortando verbas da educação, saúde e outras áreas importantes, para manter seus compromissos com os grandes empresários que financiaram suas campanhas.

Assim, o governo que se encontra bem mais enfraquecido, não consegue passar toda a reorganização de uma vez porque sabe que a rejeição ao seu projeto é geral e tenta uma outra estratégia. Fechar aos poucos as salas de aula e assim aumentar a relação de alunos por sala de aula. É o que tá acontecendo nesse ano. Já foram contabilizadas o fechamento de 914 salas de aula e com previsão de mais fechamentos. Inclusive de duas salas de aula na Escola Estadual Godofredo Furtado, que exerceu um importante papel nas ocupações de 2015.

A Secretaria de Educação também já anunciou que deve aumentar em 10% o número de alunos por sala de aula, piorando o ensino e precarizando ainda mais as condições de trabalho dos professores.

Pela punição dos responsáveis pelo roubo da merenda escolar

O governador fecha salas de aula em meio a um escândalo de corrupção do seu partido (PSDB) com um superfaturamento de merendas escolares. Ou seja, pra superfaturar e encher o bolso, dinheiro não é problema. Exigimos já a punição e prisão de todos os envolvidos no roubo da merenda escolar

2016 já começou fervendo

A incrível disposição de luta dos estudantes secundas, que empolgou tanta gente, se mostra viva esse ano também. Começamos o ano enfrentando Haddad e Alckmin contra o aumento das tarifas do transporte público. E nesse momento, diante do fechamento de salas de aula(na surdina) de Alckmin, devemos mostrar de novo que não daremos sossego ao governador.

É preciso organizar uma grande manifestação contra o fechamento de salas de aula

Nós, Juventude Vamos à Luta, achamos que é necessário que demonstremos que não aceitaremos que nossas salas de aula sejam fechadas. É importante organizar um grande ato o mais rápido possível que unifique as escolas e dizer a Alckmin que se ele mexer com o estudantes, ele vai sair perdendo, como perdeu em 2015.