Vamos à Luta pelo Fora Bolsonaro Já nas eleições do DCE UFMG

Vivemos uma grave crise sanitária, econômica e política no Brasil. A gestão negacionista e genocida da pandemia vem piorando a situação do povo trabalhador que é vítima de arrocho salarial, desemprego, insegurança alimentar e fome. A juventude é empurrada para as reservas de trabalho, sem emprego ou com empregos cada vez menos protegidos. A situação das famílias mudou e cada vez mais a pressão para ingresso no mundo do trabalho se intensifica sobre os jovens, para que contribuam com a renda familiar e garantam a própria sobrevivência.

 

Lutar por Assistência Estudantil e bolsas de pesquisa, ensino e extensão pela Permanência dos filhos da classe trabalhadora na universidade 

A ciência tem sido desacreditada por setores religiosos e fundamentalistas que compõem o governo e as Universidades estão na mira do desmonte. O recente corte de 92% do orçamento do CNPq aprofunda a dificuldade de permanência estudantil, tendo em vista que há muitos anos, por conta dos sucessivos ataques à Assistência Estudantil, essas bolsas são utilizadas para a manutenção da vida dos estudantes. Desta forma, as bolsas de pesquisas, desde a Iniciação Científica até o Pós-doutorado, estão em risco de não serem pagas. Somam-se a isso os atrasos no pagamento de bolsas da Residência Pedagógica, PIBID e estágios do CIEE. A diminuição dos repasses do MEC para as IFEs têm feito com que os estudantes filhos da classe trabalhadora paguem pela crise e vemos uma avalanche de trancamentos e evasão, devido à falta de assistência. Só a Assistência Estudantil pode garantir a permanência até a formatura e essa deve ser uma pauta central para o movimento estudantil, pela qual devemos batalhar em cada espaço, fórum e, principalmente, nas ruas. Além disso, a Universidade conta cada vez mais com estudantes que também trabalham e isso deve ser levado em consideração pelos professores e reconhecido pela instituição.

 

Garantir protocolos sanitários, imunização de todes e Assistência no EHE 

O ERE foi implementado devido a impossibilidade de aulas presenciais durante a pandemia, mas ele não pode se estender indefinidamente, sobretudo, porque faz parte de um projeto privatista, excludente e antidemocrático de “ensino”. Com o EHE parte dos cursos, em especial na área da saúde, voltam presencialmente e vem demonstrando que os problemas com a volta devem ser encarados. É preciso garantir segurança sanitária, com toda a comunidade acadêmica imunizada com duas doses e garantias como máscaras adequadas (preferencialmente pff2/n95), sabonete e álcool disponível para todos e todas. Esses protocolos podem ser seguidos dentro do campus, mas não nos deslocamentos, pois enfrentamos ônibus lotados na ida e na volta. Além disso, muitos de nós voltamos para nossas cidades de origem e para voltar presencialmente precisamos de assistência. A implementação do EHE deve levar esses fatores em conta e fazê-lo de forma planejada e democrática, para que não sejamos pegos de surpresa e possamos nos organizar para atividades presenciais. Luta que travamos cotidianamente, observando as condições no retorno e, em conjunto, exigindo Assistência Estudantil, para assegurar a permanência dos estudantes pobres e trabalhadores no retorno. Acreditamos que nessa luta precisamos pautar a taxação de grandes fortunas e o não pagamento da dívida aos banqueiros para ampliar os investimentos em assistência estudantil.

 

Intensificar o Fora Bolsonaro/Mourão na UFMG

É urgente derrotar esses ataques, colocando para fora Bolsonaro, Mourão e todos os seus ministros, que querem tirar os pobres da Universidade. Para isso, é preciso uma unidade dos setores da oposição de esquerda combativa, para que cresça a articulação pelo Fora Bolsonaro já! A direção majoritária da União Nacional dos Estudantes (UNE – PCdoB e PT) tem apostado em calendários fragmentados e dispersos, pois veem como saída a aposta nas eleições de 2022. Nós achamos que não é possível esperar até lá, precisamos nos articular agora para derrotar esse governo e organizar a ofensiva como fizemos no Tsunami da Educação em 2019. Os estudantes indignados e as juventudes revolucionárias têm condição de colocar um novo tsunami da educação na ordem do dia! Nossas vidas e sonhos não esperam por 2022, por isso, precisamos seguir firmes, exigindo e construindo nossas mobilizações até que caia Bolsonaro e todo o seu projeto anti-educação, privatista, genocida e corrupto.

 

O DCE UFMG

Os estudantes da UFMG têm sido protagonistas nas mobilizações pelo Fora Bolsonaro nas cidades. A unidade da esquerda combativa varreu a direita do Movimento Estudantil  na UFMG e tem se mostrado uma alternativa contra a direção majoritária da UNE, mostrando que nossa força unificada pode garantir vitórias para todas e todos estudantes. Chamamos os coletivos da oposição de esquerda: Afronte, Correnteza, UJC e juntos a manter a unidade na pelo fortalecimento das nossas pautas. Precisamos intensificar essa luta com mobilizações pela base articulando-se mais com os cursos junto aos DAs e CAs, com assembleias e CEBs que tenham centro nas mobilizações. Esse é o nosso compromisso enquanto construtores de uma chapa de unidade ao DCE.

 

Venha com a Juventude Vamos à Luta, somos um coletivo nacional de juventude que acredita que nossa vitória só será possível com a unidade entre trabalhadores e juventudes, mulheres, negras e negros, LGBTs e todo o povo pobre. Nossa organização acredita que nos processos concretos podemos contribuir para o avanço da consciência da juventude, mas que a nossa estratégia deve ser a construção de uma realidade livre da exploração e opressão: o socialismo. É uma tarefa enorme que só pode ser construída por várias mãos, por isso lutamos juntos. Conheça nossa juventude e esteja conosco nas nossas batalhas cotidianas, por uma universidade a serviço da classe trabalhadora!

 

Assine e divulgue o Manifesto da Juventude Vamos à Luta para as Eleições do DCE UFMG:  https://y736opqbzzx.typeform.com/to/zk2yO7A3