83 anos do assassinato de Leon Trotsky

“A vida é bela. Que as futuras gerações a livrem de todo mal e opressão, e possam desfrutá-la em toda a sua plenitude.”

-Leon Trotski

Em tempos de uma crise histórica capitalista, avanço da fome e da crise climática, fica evidente que o atual sistema nada tem a oferecer para a classe trabalhadora e aos setores populares. No capitalismo não há futuro.  A esperança segue sua batalha dura para construir dias melhores e um futuro para a juventude e toda a classe trabalhadora. E fazemos isso construindo mobilizações como a do dia 24 e construindo um programa socialista e revolucionário. 

Hoje, queremos lembrar do legado de um grande revolucionário, figura emblemática da Revolução de Outubro na Rússia, que lutou até o fim contra a burocratização do Partido Bolchevique. Trotsky, diferentemente das mentiras contadas sobre o mesmo, foi um dos revolucionários de papel-chave no movimento revolucionário desde o início dos anos 1900. Fundador e um dos principais quadros do Exército Vermelho e das Terceira Internacional junto com Lenin.

Nascido em novembro de 1879 na Ucrânia, à época parte do Império Russo, teve envolvimento com o movimento marxista desde jovem/adolescência. Atuou ferozmente na revolução de 1905 e 1917 na Rússia. Seu nome está ligado à luta pelo socialismo, pela democracia operária e pelo internacionalismo. Batalhou pela revolução permanente: que a revolução se inicia em território nacional, mas não possui fim até se expandir a todos os países do mundo, enterrando de vez o capitalismo.

Fruto da burocratização do primeiro estado operário da nossa história (URSS), Trotsky foi assassinado em agosto de 1940 por Ramón Mercader, um dos mandatários de Stalin. Este processo se interliga com o massacre de quase todos os antigos membros do Comitê Central Bolchevique, também conhecido como os Processos de Moscou. Stalin e sua burocracia eliminaram fisicamente os quadros que executaram a revolução russa em 1917 no Partido Bolchevique por necessidade política de eliminar toda e qualquer oposição e em nomes da defesa do “socialismo num só país” e das “frentes populares” de colaboração de classes com a burguesia. 

Mas a perseguição, calúnia e repressão não puderam segurar os ventos revolucionários trotskistas, que sopram com força para alimentar a revolução permanente. Seguimos o seu legado e sua luta. O trotskismo continua sua batalha, representando aqueles que lutam pela emancipação dos trabalhadores e pela ruptura com o capitalismo, mantendo vivas as ideias revolucionárias de Marx, Engels e Lênin. 

“me enterrem com os trotskistas

na cova comum dos idealistas

onde jazem aqueles

que o poder não corrompeu”

– Paulo Leminski

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