100 anos sem Lenin

“[…]O nosso Partido é o leninismo em ação; o nosso Partido é o guia coletivo dos trabalhadores. Em cada um de nós vive uma parcela de Lenin, o que constitui o melhor de cada um de nós.”

Leon Trotsky

Estação de Tiflis, 22 de Janeiro de 1924

Há 100 anos carregamos incansavelmente o legado do mestre revolucionário Vladimir Ilitch Ulianov, mais conhecido como Lenin. 

Aquele que dirigiu o proletariado Russo a derrota implacável da burguesia, dos conciliadores e reformistas de seu país para edificar o primeiro estado operário da Humanidade, a URSS, através da principal ferramenta política já construída, o Partido Bolchevique. 

A revolução marcou a vida de nosso querido mestre e dirigente histórico desde cedo e o acompanhou em inúmeras batalhas políticas, de adolescente a vida adulta, de solo Russo ao exílio, sempre esteve metido em uma batalha contra os nossos exploradores e inimigos de classe. Tal grande foi seu papel, que às portas da revolução de 1917, Lênin voltou à Rússia em Abril, fugindo do exílio, para se pôr a uma batalha contra a direção de seu próprio partido para reorientar sua política e tomar o poder com as massas em outubro.

Ele foi um marxista de grande envergadura. Buscava na realidade os elementos que forjaram uma poderosa teoria revolucionária, que responderia o calor dos fatos de seu tempo histórico e sendo válida até os dias de hoje. Sua obra abrange um amplo leque de trabalhos na literatura revolucionária, falando sobre o Partido, o Estado, economia e lógica, além de inúmeras páginas de orientações partidárias e textos de polêmica e teses.

Em 21 de janeiro de 1924, morria aos 53 anos o grande mestre Bolchevique, deixando assim órfãos seu partido e o jovem estado operário. Mas como nos disse Trotsky;

“O que havia de imortal em Lênin, os seus ensinamentos, o seu trabalho, os seus métodos, o seu exemplo – vive em nós, neste Partido que criou, neste primeiro Estado operário à cabeça do qual se encontrou e que ele dirigiu.[…]”

O último grande combate de sua vida foi contra o início da burocratização do primeiro estado operário. Uma batalha travada contra Stalin, então secretário geral do partido, mas que teve que seguir sem Lenin, sendo mantida com ferro e fogo por Trotsky e a pela Oposição de Esquerda.

Não temos dúvidas de que a obra de Lenin tem um imenso valor para nós, militantes socialistas que vivemos neste conturbado início do século XXI, onde a classe trabalhadora e a juventude voltam a promover, nos diversos continentes do mundo, imensas mobilizações e questionamentos à desordem burguesa. São dessa lutas que floresce a esperança, de onde milhares de ativistas surgem, por todo o mundo, buscando uma nova sociedade sem exploração nem opressão.

 

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