Estados Unidos: Trump militariza Portland, a cidade mais importante do Estado de Oregon

Diante das próximas eleições presidenciais nos Estados Unidos, Trump vem caindo nas pesquisas e, para garantir sua base social de votantes, pretende aumentar as cotas de repressão no país.

Em meio a uma onda de mobilizações antirracistas que surgiram a partir do assassinato de George Floyd, pela polícia de Minneapolis, que se transformou em um grande movimento antirracista contra a violência policial e a discriminação, Trump aprofunda a repressão e sua reeleição começa a cambalear.

Portland, uma das cidades mais importantes do Estado de Oregon, governado em sua maioria pelo Partido Democrata, se transformou em um dos focos mais importantes de mobilização. Faz mais de 50 dias que, desde maio, milhares de manifestantes se mobilizam contra a brutalidade policial, a repressão e o racismo, mas também contra o discurso e as políticas de ódio de Donald Trump.

Uma cidade que se caracteriza por sua visão progressista, onde tem peso o movimento feminista e de luta contra as mudanças climáticas, serviu de cenário para acender a chama das mobilizações antirracistas. Desde o movimento feminista e as organizações ambientais, até grupos antirracistas identificados com o Black Lives Matter, incluindo um grupo de mulheres que se autodenominam “muro de mães”, que formam um cordão entre a polícia e os manifestantes, são quem colocam seus corpos em protesto dia após dia.

Com a queda nas pesquisas, 10 pontos abaixo do seu oponente Joe Biden segundo a Real Clear Politics, Trump busca consolidar sua base social, os setores que estão mais a direita dentro do Partido Republicano. É assim que busca aumentar a repressão e o uso das forças federais em nome da ‘lei e da ordem’, refugiando-se em uma lei que foi sancionada há mais de 200 anos, Trump enviou tropas a Portland, militarizando a cidade e reprimindo os protestos que se vão se desenvolvendo. Isso fez as mobilizações crescerem, as forças federais atuaram de forma ilegal com detenções arbitrárias e fez sequestros de manifestantes uniformizados em veículos sem identificação. Ação que festejou Trump e incentivou o anúncio que enviaria mais tropas a cidades como Nova Iorque, Chicago, Filadélfia e Detroit, em uma disputa política com o Partido Democrata.

Nessa corrida para liderar as pesquisas para as próximas eleições, em meio a uma onda de manifestações, que se agudizam cada dia mais, e o aumento da repressão, se soma os surtos de coronavírus nos Estados Unidos. O fracasso a atenção a pandemia pelo governo de Trump e o crescimento da mobilização, deixou uma margem positiva a Joe Biden, candidato a presidência pelo Partido Democrata. Essa falsa polarização é uma cortina de fumaça para sustentar aprofundar as políticas de ajuste e repressão para salvar da crise o sistema capitalista. Assim como Trump e o Partido Republicano avançam em sua politica repressiva, o Partido Democrata é responsável de centenas de assassinatos e repressão policial nos estados e cidades que governam, como Chicago, Portland, Minneapolis, onde assinaram George Floyd.

 

A Juventude Vamos à Luta se solidariza com as mobilizações antirracistas nos Estados Unidos e no mundo, chama a repudiar o avanço da repressão de Trump. Como ocorre em Portland, “fora as forças federais”. Contra a repressão policial dos governos estatais e municipais onde governam o Partido Democrata e o Partido Republicano e a repressão de Trump. Todo apoio a rebelião popular antirracista, pela liberdade de todos os detidos e contra o governo Trump e toda sua política reacionária, racista e imperialista.